Luanda - O advogado e os familiares dos activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue, assassinados há dois anos, alegadamente por agentes do poder, querem conhecer os autores morais do crime, no julgamento que começa dentro de cinco dias, em Luanda.

*Manuel José
Fonte: VOA

O julgamento começa na próxima segunda-feira, 1 de Setembro, com a presença dos quatro elementos que se encontram presos, acusados de serem os executores do crime.

Contudo, os familiares de Cassule e Kamulingue querem que os mandantes do crime sejam apresentados em tribunal, para que também sejam julgados, como diz Horácio Essule: “Tanto os que ordenaram como os executores terão de aparecer em julgamento porque a justiça tem de ser única".

Tal como Horácio Essule e Veloso Cassule, familiares de Kamulingue e Cassule, o advogado da família, David Mendes, diz estar também a trabalhar neste sentido: “Tudo faremos para que durante a audiência de julgamento se encontrem os autores morais porque os mandantes deste crime devem ser punidos ".

Contudo, devido ao historial da postura dos tribunais, o advogado tem algumas reticências: “Temos um senão, que foi o caso Frescura, em que o juiz fez o seu trabalho, condenou as pessoas mas foi sancionado”.

Mendes diz espera que “desta vez isto não se repita e que os culpados sejam punidos pelos actos praticados".