Luanda - A 3 de Agosto de 2014, os militantes e simpatizantes da UNITA andaram pelo país a festejar de forma viva e efusiva este dia. O dia do seu venerado e adorado líder Jonas Savimbi.

Fonte: Facebook

Lembro-me das fotos da caravana que se deslocou para Cuanza Norte, local em que aconteceu o acto central das comemorações este ano.

Todos os anos, tem sido assim. Festeja-se. Rejubila-se. Tudo para manter viva a memória daquele que foi o seu líder. Acho bem que assim se proceda.

Na rede, aqui nesta rede, os maninhos bridam-nos com as suas mais requintadas prosas e poesias, qual Saramagos no seu auge e despejam toda sorte textos e fotos que mostram o decorrer dos actos de exaltação.

A Rádio Despertar, aquela que dizem ser a maior e a mais democrática de todas cá da urbe, nesta data, é só programa sobre a "obra e vida do Jaguar".

É claro que a maioria dos angolanos sabem que Jonas Savimbi foi tão só o maior erro da história deste país, mas ainda assim, nós aceitamos, embora com muito esforço, que se faça tal manifestações ao homem.
Estamos em democracia. E democracia também é isto. Aceitar mesmo que não convêm.

No dia do Presidente, os militantes e amigos da UNITA, ao verem os festejos do seu aniversário contorcem-se de tanta raiva e dizem que não se pode festejar com tanta pompa, pois, dizem eles, lhes parece mais ser bajulação do que propriamente um simples acto de festejo.

Absurdo!

Então se eles festejam o dia do aniversário do pior assassino que este país teve - e esperamos nunca mais ter um que quase se lhe assemelhe - porque raios não podemos saudar, também de forma efusiva, o aniversário do Presidente de Angola, que também é o Chefe do Executivo, o Comandante em Chefe das FAA e o Presidente do Partido no Poder?
Então só eles podem festejar?
Só eles têm legitimidade para festejar o aniversário do seu líder e nós não podemos?
Mas afinal o que vem a ser isto?
Que raios de democratas são eles?