Luanda - O Presidente do Conselho de Administração  das “Edições Novembro”, António José Ribeiro, está ausente do serviço há mais de vinte dias, sem dar qualquer satisfação aos membros do conselho das Edições Novembro.  O facto em si, esta a ser objecto de especulações de que estaria agir desta forma por força de uma alegada comunicação do  Ministério da Comunicação Social, de que já não fará parte do próximo elenco directivo do jornal.

Fonte: Club-k.net 

Acto punível à luz da Lei Geral do Trabalho

No inicio do mês de Agosto   quando a situação aconteceu, José Ribeiro era visto a entrar no seu gabinete. Trancava-se e não recebia ninguém nem sequer despachava até que por fim deixou   de aparecer até ao momento. Alega-se que esteja em casa. Não atende o telemóvel e sequer os funcionários da empresa que o tentam contactar.

Neste momento, há uma pilha de documentos encravados no seu gabinete e, por isso, muitos processos na empresa estão parados. A situação torna-se ainda mais grave porque o administrador financeiro, Eduardo Mivo, também ausentou-se do país sem delegar alguém para o substituir.

Alguns funcionários chegaram a interpretar esta ausência como uma a acção concertada entre ambos para deixarem a empresa à deriva.  “O que José Ribeiro está a fazer, à luz da Lei Geral do Trabalho, é punível por abando do serviço”, segundo faz saber uma fonte familiarizada ao tema.

Dentro da empresa diz se  que antes de ser informado de que será afastado do Jornal de Angola,  o director  José Ribeiro havia levado uns ralhetes na sede do MPLA devido a sua gestão desastrosa; o único diário do país está a ser impresso numa gráfica privada cujos custos são de pouco mais de 20 mil dólares por dia, porque a sua  impressora, adquirida recentemente na Alemanha já em desuso, pelo próprio José Ribeiro, está com inúmeras avarias, e com agravante de que o fabricante, há anos,  não produz mais acessórios para aquele modelo.

Para garantir a débil funcionalidade da impressora, Ribeiro contratou técnicos espanhóis que, com alojamento, assistência técnica e outras despesas gastam aos cofres do Estado mais de 100 mil dólares mês.

Para lá deste escândalo, no “Kremlin” José Ribeiro foi também achincalhado por entregar a gestão editorial ao seu assessor, o português Artur Queirós, usurpando as competências do administrador para área editorial, Filomeno Manaças. Tudo que é publicado no J A tem de passar pelo crivo de Queirós. Ele Tira e mete textos quando o convém. Se tiver rixa com alguém, a contenta acaba de forma injuriosa em páginas do jornal de Angola, aliás volta e meia está em “guerra”  com alguns compatriotas. O atacam em jornais em Portugal e ele responde no Jornal de Angola. É o todo-poderoso, faz do jornal do estado angolano o que quer.

Com a anuência de José Ribeiro, Artur Queirós, de 72,  e sem formação alguma jornalismo, deu várias formações a jornalistas no JA, quer em Luanda, quer em várias províncias. O “caso Artur Queirós”  já foi abordado até no parlamento, que teve acesso a sua folha de encargos. Não se compreende as razões que levam o Ministério da Comunicação Social a ficar indiferente aos abusos cometidos por Artur Queirós, que beneficia de regalias que nem ministros. Para do seu salário de pouco mais de 11 mil dólares, o Jornal de Angola paga todas as suas despesas contraídas em Angola, até a alimentação do seu cão. Quando ele está de férias em Portugal, se tiver uma febre e for ao hospital, de regresso lhe é reembolsado o que gastou.