Luanda - O presente diagnóstico é uma “avaliação” da situação “ crónica, maravilhosa, e dos ganhos da paz” que o país vive, apenas comparadas com as derrotas e troféus desportivos, mormente no futebol e no basquetebol que entristecem “desnecessariamente” o povo especial.

Fonte: Club-k.net

Pois somos todos hipócritas, sabemos que não há trabalho sério nessas modalidades mas acreditamos doentiamente nas conquistas e victórias de mérito. Porquanto desde então, que adoramos viajar à alucinação dos bons resultados, o nosso problema é simplesmente, falta de “novos talentos” generalizado em todas as áreas do país: política, religião, comunicação social, medicina, educação…

Durante a fase da nossa luta de libertação do colono português o país viu nascer jovens e adultos talentos, que na clandestinidade e imbuídos do fervor revolucionário entregaram-se imaterialmente para que a victória de outrora fosse certa (os traidores eram raros), e os resultados foram e são visíveis.

Imperavam na alma dos nativos o talento para política com juízo, retórica e governação patriótica. O lema do antigamente era mesmo verdadeiro “ ao colono nem um pedaço do nosso território”.

Os talentosos  alcançaram a liberdade nacional e metamorfosearam-se em rebeldes, egoístas, inimigos e patrimonialistas, poucos sobreviveram com o ideal do pretérito. Mais tarde, com retornar da acalmia nunca mais conseguiram regressar ao espirito primário, imaterialismo. O lema mudou ”aos do contra nem um pedaço da “nossa” riqueza” .

Em quase todos os ramos do país não há "novos talentos", na cultura e particularmente na música, sem desprimor para outras, o sucesso significa ser descartável, forçar abrir às pernas ou deixa-las abrir por si, do estúdio ao mercado artístico o processo é caótico entre prostituição carnal à financeira. O principal resultado está diariamente naquilo que nos vendem e paradoxalmente adoramos e vibramos ao som do nada.

No desporto e na singularidade no futebol o cenário não foge à regra, pagam-se propinas “exorbitantes”, que começam nos iniciados até ao escalão principal para que o futebolista actue, logo não basta saber jogar é necessário ter padrinho físico ou financeiro.

No geral, os agentes desportivos conhecem o mundo que estão envolvidos, os campeonatos ou os grandes eventos desportivos têm apenas  finalidade sacar dinheiro (jogo dos bastidores e empresas do momento), haja ou não vontade para fazer bem, pois no fundo, os “artistas” nunca perdem, enchem os seus bolsos! Estes são os bons resultados, que ironia!

Na política generalizada “arte de governar e ambição do poder em todos os quadrantes”, é pior, se fossemos médicos ou profissionais de saúde diríamos que o paciente está em coma, pois é aqui a cozinha de todos os ingredientes que por arrasto quase ninguém sai ileso. Perdemos claramente talentos do passado.

 

Por hoje, os objectivos são alcançar a independência financeira na fila do petróleo e combater sem piedade os “detractores”. Estes fins são seguidos em todos os campos do país quase excepção.

O país precisa renascer e trazer novos talentos preocupados com o “bem comum”, jovens e adultos que vivam cada segundo para o desenvolvimento sustentável. Não é suficiente a retórica barata, a troca de peças no jogo de conveniência, é urgente fazermos um diagnóstico ao paciente chamado Angola embora a priori sintamos que ele esteja nos cuidados intensivos.

 Um bom profissional de saúde sabe que o histórico do doente é muito importante para a descoberta das enfermidades e possível tratamento. A história  é na verdade o maior problema do insalubre Angola, pois ninguém ousa falar somente o passado, tal como foi, sem chamar os sucessos para si e atribuir os fracassos aos outros.

Angola é um paciente que algumas vezes pensa que está bem.