Lisboa – A pratica não foge muito da realidade vivida diariamente em várias instituições do Estado angolano. Na Comissão Administrativa da Cidade de Luanda (CACL) tudo gira em torno de um só homem.  José Tavares Ferreira. O mesmo abusa e desabusa bem como lhe der na gana.

Humilha-os perante o pessoal do seu staff

Fonte: Club-k.net
Jose Tavaress.jpg - 51.25 KBDesde a primeira vez em que foi indicado para dirigir o município de Luanda, o presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda tem vindo apresentar atitudes menos profissionais contra os seus inferiores hierárquicos. São lhe atribuído comportamentos inadequados tipo: arrogância, prepotência e atropelos as normas da administração pública.
 
Devido a sua peculiaridade, José Tavares tem vindo, tendenciosamente, a complicar (ou mesmo atormentar) a vida dos seus dois vice-presidentes, Raimundo Lobato Neto (da área técnica, urbanismo, serviços técnicos e infraestruturas urbanas) e Francisca Fortes (do Sector Económico, Social, Produtivo e Modernização Administrativa), ao ponto de os humilhar perante o pessoal do seu gabinete e não só.
 
Esta atitude inadequada foi transitada até as reuniões de balanços das actividades produzidas pela CACL em presença dos participantes. Num dos episódios mais recentes, José Tavares interrompeu (de forma desagradável) Francisca Fortes quando está apresentava [aos presentes] o balanço de uma das actividades realizadas e as recomendações vindas do Governo Provincial de Luanda.

Irritado com as informações, o presidente da CACL mandou a sua vice “calar” e posteriormente abandonou a sala de reunião, resmungando em alta voz – pelos corredores – que não iria executar as supostas “ordens superiores” por não ser da sua competência. Este episódio deixou em ‘choque’ a responsável do Sector Económico, Social, Produtivo e Modernização Administrativa da CACL, sentindo-se obrigada de permanecer calada até ao final da referida reunião.
 
Num outro episódio semelhante, o general Tavares (como gosta as vezes de ser chamado) deixou igualmente o seu vice [Lobato Neto] em posição de embaraço. Comenta-se que no dia seguinte (depois dos insultos) Lobato teria sofrido um ataque cardiovascular, ou se preferir AVC, recuperando semanas depois.

Além das constantes humilhações, o presidente da CACL sempre mostrou-se indisponível em despachar, directamente, certos assuntos, com os seus ‘vices’. Na maior parte das vezes este [Tavares] tem incumbido a directora do seu gabinete, Naulila André, para atender os mesmos, independentemente do carácter do assunto. Há coisa de três ou quatro semanas, os dois vice-presidentes tiveram que aguardar mais de duas horas para serem recebidos por Tavares, para depois serem informados que já não seriam recebidos pelo mesmo.

Segundo relatos, calcula-se vezes sem contar em que os dois ‘vices’ da CACL foram de igual modo ‘menosprezados’ por Naulila André, sobretudo quando são convocados para abordar questões de trabalhos. Em várias ocasiões, esta [a directora do gabinete de Tavares] os pôs a espera mais de 30 minutos. Situação, que as vezes, tem provocado embaraços ao pessoal de gabinete  dos dois vices.

‘Vices’ sem poderes absoluto

Por outro, o presidente da CACL tem estado a usurpar alguns poderes dos seus vice-presidentes [Lobato Neto e Francisca Lopes] para atribuir as pessoas da sua conveniência. De um tempo a esta parte, a vice-presidente Francisca Fortes viu uma das áreas da sua competência a ser entregue a Sérgio Camões, que por sinal é assessor económico de José Tavares.

A Sérgio Camões, este (Tavares) atribuiu-lhe igualmente a responsabilidade de movimentar – sem quaisquer restrições – as contas bancárias da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda e de efectuar alguns pagamentos pontuais.

Sabe-se que, noutras instituições do Estado este tipo de tarefas são da competência dos secretários-gerais. No caso especifico da CACL, a pessoa ideal seria Domingos João Lourenço, uma vez que ostenta o cargo de secretário geral.

Em Agosto do ano transacto, o Tribunal de Conta (TC) notificou o presidente da CACL a fim de prestar esclarecimento sobre um “buraco negro” encontrado nas contas desta instituição. Atrapalhado, José Tavares orientou Sérgio Camões indicar a vice Francisca Fortes para justificar junto a este tribunal sobre o buraco.

Ao receber as orientações do seu chefe, esta solicitou ao assessor económico da CACL os cadernos administrativos e recibos de todos pagamentos efectuados durante o período mencionado (pelo TC) a fim de averiguar primeiramente as contas antes de responder o Tribunal de Conta. Este [Sérgio] transmitiu o recado ao seu chefe [Tavares] que mostrou-se indiferente com o pedido.