Lisboa - A descoberta de petróleo na costa de Angola anunciada na terça-feira pela Repsol é mais um passo para o país conseguir suplantar a Nigéria na liderança dos produtores africanos, consideraram esta quarta-feira vários analistas ouvidos pela Bloomberg.

Fonte: CM

Image"O meu sentimento é que na Bacia do Kwanza ainda vai haver uma série de descobertas", disse o analista Justin Cochrane da IHS Global Insight, em Genebra, à agência financeira norte-americana, acrescentando que essa zona "vai ser vista como um sítio onde se pode perfurar e encontrar petróleo basicamente em todo o lado".

Na terça-feira, a Repsol anunciou a descoberta de petróleo no primeiro poço que a multinacional espanhola está a perfurar na camada geológica do pré-sal angolano, em águas profundas, na bacia do Kwanza.

Em causa está uma operação no bloco 22/11, em que a Repsol detém 30% da sociedade, além de ser o operador desta perfuração, conhecida como 'Locosso', a mais de 4.500 metros de profundidade (água, solo e camada de sal).

"Há petróleo", disse Antonio Brufau, considerando que "Angola vai dar muitos resultados [pré-sal, tido com potencial idêntico ao do Brasil], não apenas para nós, mas para os outros [operadores] também. As perspetivas para Angola são boas, não tão boas como o Brasil, mas boas", concluiu.

Para os analistas, a descoberta, cujo valor comercial ainda está a ser analisado, vai ajudar Angola a superar a Nigéria na liderança dos países africanos produtores de petróleo, mas do ponto de vista da empresa a descoberta tem ainda de ser comercialmente analisada.