Lisboa – O processo eleitoral para escolha do corpo directivo da futura Ordem dos contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA), está a ser marcado por graves irregularidades consubstanciada em violação das normas internas e comportamentos que se assemelham a “Golpe de Estado”.
Fonte: Club-k.net
Júlio Sampaio prepara “golpe de Estado”
De acordo com informações habilitadas, a OCPCA está numa situação embrionária há́ cerca de quatro anos através de uma Comissão Instaladora (CI) cujo coordenador é Júlio Ferreira de Almeida Sampaio. O mesmo através do órgão que dirige tem a missão de realizar as eleições marcadas para o próximo dia 14 de Novembro e de seguida dar posse a futura direção a ser eleita.
Júlio Ferreira de Almeida Sampaio é um quadro respeitado em meios económicos do regime do MPLA pelo seu desapego aos bens matérias. Foi no passado vice- ministro do plano e mais tarde PCA da TAAG, no inicio da década de 90.
Nas ultimas semanas, passou a ser mal visto, pela tentativa de criar monopólio na futura Ordem e por estar a cometer irregularidades no processo eleitoral. Júlio Sampaio, anunciou pretensão de concorrer ao cargo de bastonário da OCPCA, na qual observadores atentos ao processo chamam-lhe atenção por as normas o impedirem de concorrer para evitar que seja jogador e arbitro ao mesmo tempo.
Até poucos meses havia conhecimento de que havia uma única lista (A) de candidatos as eleições na OCPCA que tem a testa Álvaro Bartolomeu Jacinto Vigário e José João Manuel, aspirante a Presidente e Vice- Presidente respectivamente. Há informações de que a sua existência terá sido ofuscada pela comissão instaladora de Júlio Sampaio para não serem conhecidos.
Irregularidades e anomalias
As irregularidades e anomalias cometidas pela comissão instaladora (CI) são resumidas nos seguintes pontos a saber:
- Júlio Sampaio não pode aparecer como concorrente por ser o coordenador da comissão instaladora; não obstante ocupar cargos diretivos no conselho de administração da SOMOIL, e no conselho fiscal do Banco BAI. O futuro bastonário deve dirigir a futura direção eleita a “full time”.
- Em conformidade com os regulamentos, a campanha eleitoral já deveria ter começado e a CI deveria mandam publicar em tempo estabelecido, as listas dos concorrentes nos órgãos de comunicação social (Jornal de Angola, o de maior propagação)
- A CI solicitou apoio as empresas de auditoria Deloitte; KPMG e Ernest Young, o que agride a postura de independência da OCPCA
- Até ao momento (há poucos dias das eleições) não foram publicados os cadernos eleitorais e ninguém sabe o numero de pessoas que irão votar nas eleições do dia 14 de Novembro.
- A CI comunicou que as inscrições para as candidaturas se estendem até ao próprio dia das eleições.
- A CI está a passar a mensagem de que apenas existe uma lista que é a chefiada pelo coordenador Júlio Sampaio.
- Júlio Sampaio convidou o jurista e PCA da ENSA, Manuel Gonçalves para orientar o processo eleitoral. Em conformidade com as regras, o “orientador” deve ser convidado pela comissão instaladora em harmonia com a lista dos candidatos as eleições e não de modo individual como se fez.
De acordo com informações disponíveis, para se fazer parte da futura Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola, os requisitos de adesão passam pela frequência de um curso de actualização profissional realizado sob os auspícios daquela associação profissional, sendo que o primeiro dos quais aconteceu em 2010 e o segundo realizado em Setembro deste ano (2011).
No passado dia 10 de Outubro, a lista (A) remeteu a lista de membros que frequentaram os cursos de atualização da OCPCA, e que tenham a sua inscrição regularizada junto da Comissão Instaladora com conhecimento do MINFIN. Tratou-se de uma Lista Única de Candidatos, para todos órgãos sociais da Ordem, composta por 50 membros, referente a primeira eleição dos órgãos sociais da OCPCA.