Uige - Um militante da Casa-CE morto há um ano pela Guarda Presidencial foi abatido a tiro quando tentava sair do veículo em estava detido, revelou um dos seus companheiros que se encontrava com ele.

Fonte: VOA

Hilbert Manuel de Carvalho Ganga foi morto alegadamente por elementos da Guarda Presidencial depois de ter sido preso quando colocava cartazes perto da Presidência da República, em Luanda.

Os cartazes eram alusivos ao desaparecimento e morte de dois activistas, Isaías Cassule e Alves Kamulingue.

Nunca ninguém foi preso ou processado pela morte daquele militante apesar de noticias terem dito que a procuradoria tinha identificado o autor dos disparos e que teria emitido também um mandado de captura

A CASA-CE está a organizar actividades até ao próximo dia 23 em todo o país para assinalar a data e planeia levar a cabo uma marcha em Luanda para assinalar o primeiro aniversário da morte.

O lema desta campanha é “Ganga exemplo de patriotismo e coragem, uma inspiração de mudança do regime em Angola”.

No Uíge, a Juventude Patriótica de Angola (JPA), afecta ao partido CASA-CE, reuniu-se no fim-de-semana para falar sobre a vida do Ganga

Em declarações à imprensa, o secretário províncial da JPA Inácio Kussunga, disse que actividade visou também incentivar a participação activa dos angolanos com realce para a juventude na luta contra o assassinato político e a violação dos direitos humanos.

A campanha pretende pressionar “as autoridades angolanas e em particular o Presidente José Eduardo dos Santos a por fim ao assassinato político e à violação dos direitos humanos”, disse Kussunga.

O responsável daquela organização juvenil no Uíge pediu ainda às entidades judiciais angolanas para actuarem com rigor.

José Rodrigues Baião, que estava com Ganga no dia da sua morte, disse que depois de terem sido presos foram levados em carros da Guarda Presidencial e quando chegados ao portão de entrada Ganga tentou sair do veículo.

“Foi quando o Ganga tentou pular para fugir e foi baleado com dois tiros disparado por duas pessoas diferentes”, concluiu Baião.