Luanda – O ministro da Comunicação Social, José Luis de Matos, revela-se oposto ao surgimento de uma nova publicação “O Crime”, aparentemente financiada por sectores empresariais conotados a José Filomeno dos Santos.

Fonte: Club-k.net

Dirigente diz que o país ainda não esta preparado

Antes da saída da publicação, o governante teria, em Outubro passado, delegado ao secretário de Estado para Informação, Manuel da Conceição, e mais um representante do gabinete jurídico do ministério, para abordar os mentores deste novo projecto jornalístico para os desencorajar. 

Manuel da Conceição teria transmitido aos seus interlocutores para que não pusessem ainda o semanário em circulação porque, segundo fez saber, o país não estava ainda preparado. Reforçou a sua posição transmitindo que se tratava de uma “ordem superior”.

O jornal “O Crime” foi de facto registrado em 2012, e aprovado por Luís de Matos, ao tempo director nacional da comunicação social, sem no entanto perceber a sua linha editorial. Trata-se agora de uma publicação de periodicidade quinzenal,  que se dedica  ao jornalismo de investigação.  O seu director é o jornalista Mariano Brás, oriundo do Semanário A Capital.

A quando do lançamento da publicação, o mesmo teria negado que por detrás do projecto estariam forças influentes do regime como a sectores próximos a José Filomeno dos Santos. Indagado sobre o assunto, respondeu que “O Crime é independente administrativa e financeiramente. Não pertence a nenhum grupo empresarial, partido político, associação, ONG e, muito menos ao Ministério do Interior ou a alguma figura deste organismo. Viemos para ficar, reconhecemos as dificuldades para manter o projecto, mas não desistimos convictos de que em nome do bem, Deus nos vai abençoar”.

De lembrar que em Junho de 2012, Evaristo Mulaza e Geralda Embaló, ambos responsáveis de uma outra publicação de circulação grátis, “Nova Gazeta” teriam também negado publicamente que estivessem ligados a Zenu dos Santos. A sede do referido semanário está localizada no bairro Alvalade, município de Luanda, embora inicialmente tivera sido no gabinete de “Zenu”, situado na Maianga (defronte a empresa Gesterra),  nos arredores da sede do SINSE.