Lisboa- Está a ser atribuído a ocorrência de um “mal entendido” entre os sócios da empresa de segurança privada K&P Mineira, em torno do incumprimento de prestação do rendimento anual perto de 20 milhões de dólares, por parte dos responsáveis da sua gestão corrente.
Fonte: Club-k.net
Empresa ligada as praticas tortura nas Lundas
A K&P Mineira tem como sócios altas patentes da Polícia Nacional, nomeadamente: o comissário Elias Dumbo Livulo, comandante provincial da Polícia Nacional no Huambo; o comissário-chefe Eugénio Pedro Alexandre, director nacional da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC); o comissário Alfredo Eduardo Manuel Mingas “Panda”, embaixador em São Tomé; o comissário José Alfredo “Ekuikui”, ex-comandante-geral da Polícia Nacional.
Alfredo José “Ekuiki” que desde algum tempo controla a gestão da empresa é a figura a quem os sócios atribuem a obstruções e a atitudes de deslealdade quanto a prestação dos dividendos obtidos este ano.
A K&P é uma empresa que dedica-se a protecção de minas de diamantes nas Lundas. É tambem notabilizada por exercer praticas de tortura contra Garimpeiros no Cuango e é frequentemente citada em vários relatórios (de autoria do jornalista Rafael Marques) sobre a violação sistemática dos direitos humanos nas Lundas.
Conforme já escreveu o referido jornalista : “A K&P Mineira exerce um duplo papel ao prestar serviços à Sociedade Mineira Luminas e, ao mesmo tempo, à Sodiam/LKI e Ascorp. No primeiro caso, tem a missão de expulsar os garimpeiros da área de concessão da Luminas, fazendo-o com total arbitrariedade e violência. No segundo caso, protege e acompanha a Sodiam/LKI e a Ascorp no agenciamento e patrocínio dos garimpeiros, bem como nas transacções com estes.”
Em 2013, Arkady Gaydamak, traficante de armas russo-israelita, declarou em tribunal, em Londres, segundo o Makaangola, ter sido o fundador da K&P, com o auxílio de antigos operativos da Mossad, os serviços secretos israelitas.
“Eu criei, com a assistência do então comandante-geral da Polícia Nacional, o general Qwekee [comissário Ekuikui], uma empresa de segurança denominada K&P, que era apoiada e treinada por oficiais de inteligência israelita da minha empresa SCG. A segurança da Ascorp continua a ser garantida pela K&P”, afirmou Gaydamak no tribunal londrino.