Exmos Senhores Vice-Presidentes
Exmo Senhor Secretário Executivo Nacional
Exmo Senhor Presidente do Grupo Parlamentar
Exmos Senhores Membros da Direcção da CASA-CE
Distintos Convidados
Minhas Senhoras e Meus Senhores.
Excelências,

Saúdo fraternalmente, em nome do Concelho Presidencial, todos os presentes neste encontro, em particular aos companheiros vindos das várias províncias do interior do nosso grande País, formulando votos sinceros de que tenham deixado bem as Vossas famílias e companheiros de caminhada.

Estamos a poucas semanas do fim do ano de 2014. Agradecemos a Deus Pai, por nos ter dado a dádiva de chegarmos até ao dia de hoje, e a Ele rogamos para que nos dê a graça de continuarmos nesta jornada terrena para servirmos a causa do bem por esta nossa Pátria Angolana.

Excelências,

Estivemos aqui reunidos hoje, na qualidade de membros do Conselho Executivo Nacional da CASA-CE, para juntos procedermos ao balanço do ano de 2014, e estabelecermos o quadro de perspectivas, objectivos gerais e programação para 2015. Foram debates democráticos, acalorados, algumas vezes contraditórios, mas sempre com espírito aberto e cívico que nos caracteriza.

Com orgulho e satisfação, chegamos todos a conclusão, de que após apenas dois anos de existência, a CASA-CE afirmou – se definitivamente como factor incontornável na vida política nacional. A CASA-CE representa hoje, para milhões de angolanos, a esperança por um contexto de liberdade, de dignidade e de oportunidades iguais, em que todos os angolanos possam sonhar e ver seus sonhos transformados em realidade através do seu esforço e dedicação.

Mesmo os cépticos de ontem, vão se rendendo às evidências crescentes de que a CASA-CE representa hoje, para milhões de angolanos, a esperança de ter em Angola, um modelo de governação patriótico, rigoroso e verdadeiramente transparente, que dedique todos os recursos do País à realização efectiva de todos os seus filhos.

Com a CASA-CE, como futuros governantes, seremos meros gestores temporários, dos recursos dos angolanos, para benefício dos angolanos.

Companheiros,

Por tudo isso, aceitem o meu sincero agradecimento e efusivas felicitações, pela vossa coragem, pela vossa audácia, em acreditarem no projecto e, também pela vossa dedicação.

Caros Companheiros. Minhas Senhoras e Meus Senhores.

Com responsabilidade e serenidade, chegamos também à conclusão de que, temos ainda um caminho a percorrer, esforços a despender e sacrifícios a consentir, para nos colocarmos a altura de sermos os protagonistas principais da mudança e, através dela, da realização do sonho de milhões de angolanos que clamam por um dia melhor e uma vida melhor. É nossa missão patriótica tudo fazermos para que o ano de 2015 nos aproxime, célere e seguramente dos objectivos almejados.

Pelos angolanos, temos o dever e a obrigação de melhorar quotidianamente a nossa prestação, lá onde desempenhamos as nossas responsabilidades. Por Angola, temos o dever e a obrigação de aprofundarmos a nossa capacidade de planificação, de execução e de balanço para que os nossos programas sejam executados cabalmente, nos prazos definidos. Pois, o tempo não vale pela sua dimensão numérica, mas sim pela utilização qualitativa que dele fazemos.

Companheiros,

Os esforços, os sacrifícios e a dedicação que a nossa consciência patriótica consente não são mais do que o cumprimento do dever para com esta nossa Angola, e para com todos os nossos concidadãos. Essa Angola, que nas vésperas dos seus quarenta anos de existência, ainda vive mergulhada num interminável paradoxo, entre a esperança que não desvanece e o desalento que se instala; entre um futuro melhor repetidamente prometido, mas que tarda a acontecer.

O paradoxo de viver num País alardeado, diariamente, de ser rico, mas onde a maioria dos cidadãos vive níveis de pobreza inaceitáveis, ombreando com a riqueza de origem duvidosa de uns poucos. Uma sociedade em acelerado desvirtuamento de valores, em que a perspectiva material sobrepõe – se ao espiritual; o ter sobrepõe – se ao ser; o vício publicamente assumido pelos poderes públicos, sobrepõe – se à virtude; a falsidade dissimulada sobrepõe – se à verdade; o egoísmo exacerbado sobrepõe – se à solidariedade, e a ideia de justiça social para com os mais carentes vai minguando na agenda da governação. Como bem escreveu o Arcebispo de Saurimo, citamos: ´´Com esta plataforma axiológica, as desigualdades e assimetrias sociais serão sempre mais profundas``, fim de citação.

Minhas Senhoras e Meus Senhores.

Nós não somos cegos, nem injustos. Vemos o que está mal, e vemos também o que se vai fazendo de forma razoável em várias províncias do País. A nossa legítima reivindicação, advém do direito de cidadania, de exigir e de implorar por uma vida melhor para todos. Pois, com os imensos recursos que o País tem, podia – se fazer mais e melhor. Perante uma governação insensível, perante a corrupção generalizada e impune, e perante o saque desenfreado do erário público, os angolanos têm o dever de demonstrar a sua indignação e recusa.

Companheiros,

O quadro actual que o nosso País atravessa, não é fortuito, nem casual. É consequência directa da natureza do regime que governa o nosso País desde 1975. Esse regime tem hoje características que se vão confirmando. O regime no poder é sustentado por um partido que não tem coerência político-ideológica. A sua ideologia actual chama – se NEGÓCIOS. Senão vejamos:

- Dizem – se democratas, mas comportam – se diariamente como autênticos autoritários suprimindo as liberdades básicas do cidadão e desrespeitando os princípios e valores democráticos. Dizem – se proponentes do estado de direito, mas violam constantemente os preceitos constitucionais e as leis por eles próprios aprovadas. A título de exemplo, na Plenária da Assembleia Nacional realizada no dia 12 de Agosto de 2014, a Mesa do Parlamento, violou abusiva e conscientemente o Regulamento Interno no que concerne aos procedimentos de introdução de novas propostas legislativas. Este facto levou a uma votação ilegal, sobre a composição da CNE. A CASA – CE, em consequência, intentou uma acção de impugnação da deliberação que aprovou a composição da Comissão Nacional Eleitoral e seus órgãos locais, junto do Tribunal Constitucional.

Companheiros,

Eles dizem – se defensores da justiça social, mas vivem insensíveis perante a pobreza de milhões de angolanos. Sem pejo, assumem publicamente a teoria segundo a qual, a acumulação primitiva de capital, em países subdesenvolvidos, tem que ser feita por via do saque ao erário público. Assim procuram legitimar essa prática hoje consumada. Dizem – se respeitadores dos direitos humanos, mas não hesitam um segundo a espancarem desumanamente pacatos jovens indefesos. Dizem que querem transparência na gestão da coisa pública, desde que seja exclusivamente aplicada para aqueles que não fazem parte da clique restrita.

Estes são os grandes dilemas que o nosso Povo faz face. Um regime:

- Que não tem postura patriótica.
- Que não tem convicções democráticas.
- Que não tem vontade de realizar as reformas politicas e de governação que o País precisa urgentemente.
- Que não tem sensibilidade para com o sofrimento da maioria dos angolanos.

Minhas Senhoras, Meus Senhores.
Caros Companheiros.

A qualidade dos processos políticos, económicos, sociais e culturais de cada País, é directamente proporcional à qualidade e a profundidade da participação dos seus cidadãos nesses processos. Por isso, apelamos a todos os compatriotas angolanos, a assumirem – se como partícipes conscientes e activos nesta sagrada missão. O objectivo central da causa da CASA – CE é contribuir para providenciar ao País a mudança positiva, pacífica e ordeira que produza um contexto verdadeiramente democrático e de justiça social.

Nos próximos dois anos, somos chamados a criar as condições para perspectivar essa mudança em 2017. Não será certamente fácil, mas garanto - vos que é possível. A história universal é repleta de exemplos de contextos mais difíceis, onde a mudança ocorreu. Ela também vai ocorrer em Angola.

Companheiros,

Estamos em vésperas das festas natalícias e do advento do ano novo. Por isso, desejo à todos presentes, festas felizes e um ano novo cheio de felicidade e sucessos.

Quero também desejar, a todas angolanas e todos os angolanos, boas festas e que no ano de 2015, DEUS vos dê energia e sorte para que se realizem os Vossos desejos, os Vossos sonhos e os Vossos projectos.

Que Deus abençoe Angola e os Angolanos.

Muito Obrigado

Luanda, aos 12 de Dezembro de 2014.

Abel Epalanga Chivukuvuku