Luanda - Afinal em Portugal, apesar dos pesares impera a Lei, se assim não fosse, José Sócrates ex‐ Primeiro Ministro, não estaria a ver o “sol nascer quadrado” como diriam os brasileiros , tão pouco o nosso compatriota Àlvaro Sobrinho, ex‐ Presidente do BESA‐ Banco Espírito Santo Angola, teria tido tamanho “privilégio” de comparecer perante uma Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) com direito a transmissões em directo por vários canais televisivos.

Fonte: Club-k.net

Quando se despolotou o ESCÂNDALO, (uma subsidiária, sucursal, empresa de direito angolano, etc,) Àlvaro Sobrinho, apesar de ter sido durante anos Presidente do mesmo Banco , não soube sequer defini‐lo diante da Comissão Parlamentar de Inquêrito, que o “fatigou” com mais de 150 perguntas e réplicas, Sobrinho, seguramente de tudo esperava mas nunca comparacer diante de uma instituição política de tanto peso na sociedade portuguesa, a Assembleia da República.

Fico entretanto triste, quando no meu próprio país as Galas de DIVAS, MISSES, JAZZ, etc. merecem transmissão televisiva e radiofónica em directo enquanto que o povo, que alegadamente elege o Parlamento(Assembleia Nacional), apenas recebe restos em resumos e peças sensuradas e mal elaborados por radialistas “bitolados” pelo regime e como se não bastasse, despidos de qualquer profissionalismo, ética e excesso de zelo, pois mesmo estando a apresentar um serviço de notícias ou uma mera reportagem, referem‐se ao Ministro ou Presidente da República como sendo “Excelência”, como se no Uganda estivéssemos, onde a LEI prescreve que o nome Yoweri Museveni receba uma espécie de prefixo complementar, a saber “EXCELÊNCIA”. Não estamos a confundir um pouco as coisas? Não há dúvidas que ao dirigir‐se pessoal e directamente ou por escrito a uma entidade destas, exista a prerrogativa de chamá‐lo Excelência, mas até em noticiários. . .? Tenho minhas dúvidas.

Caso BESA & BES – CRIME Organizado á Alto Nível

Voltando ao caso supra, fiquei atónito ao familiarizar‐me tão exaustivamente com os contornos criminosos do Modus Operandis das instituíções e governantes angolanos no que toca a ganhar dinheiro ilícitamente. Reduzido á “ZERO” e humilhado perante tamanha Comissão Parlamentar, Sobrinho ainda tentou “tapar o sol com a peneira” aludindo e recorrendo ao direito de preservação de privacidade, mas de nada o ajudou pois os membros da Comissão estavam competentemente preparados e familiarizados com o DOSSIER que Àlvaro Sobrinho titubeava e transpirava em sala climatizada em pleno inverno. O pior e o mais ridículo foi ele ter “tirado da manga” como se de um trunfo se tratasse, o argumento segundo o qual, “ Sou de uma família com muitos bens e quando eu cheguei ao BESA já . . .” era supostamente rico. Será que antes ser se transformar o PCA do BESA, Àlvaro Sobrinho já era mesmo milionário? As minhas dúvidas continuam.

Agora que venham os João Pintos, Van‐Dúnem, Chingulis e Luvualos a acusar Portugal de falta de Democracia, os espaço está aberto.