Benguela - O governador provincial de Benguela Isaac Maria dos Anjos não apresentou o habitual balanço do exercício económico, social e político, na cerimónia de cumprimentos de fim de ano, alegando ser consequência do seu mais recente incidente institucional que o levou a pedir desculpas públicas ao presidente da república.

Fonte: Club-k.net

Não tendo entrado uma vez mais em detalhes sobre o que realmente aconteceu IA, afirmou que a sua intervenção no seminário nacional sobre ocupação ilegal de terras, organizada pela casa civil da presidência da república, foi feita no quadro da sua liberdade de expressão de acordo a lei constitucional vigente.

Sobre o actual estado da governação de Benguela nos sectores sociais, políticos e económico, IA não fez qualquer referência para surpresa das individualidades presentes na manhã de segunda-feira no salão nobre da administração municipal de Benguela.

Falando para uma rádio local o secretário provincial do PRS Rui Malopa, afirmou que o curto discurso de IA dirigido a sua maka  “desculpas publicas”, indica que o mesmo está fragilizado e pode indiciar uma provável exoneração do seu cargo.

Sobre o mesmo assunto o secretário provincial da CASA-CE Francisco Viena, entende que o incidente de IA com os seus correligionários de Luanda não deve afetar os cidadãos de Benguela quanto ao direito a informação sobre a sua governação. O responsável da CASA-CE disse que Benguela tem neste momento mais de mil projectos, tecnicamente concluídos e que deveriam merecer explicações sobre o estado da sua execução, durante o tradicional cumprimento de fim de ano o que não aconteceu.

O político, afirmou ainda que o caso “desculpas públicas” de IA demonstra uma vez mais que os membros do executivo angolano não têm liberdade de pensando.

Na mesma reacção, o secretário provincial do Galo Negro Alberto Ngalanela, viu a postura de IA como frustrante para as individualidades presentes e alertou ao demais membros do executivo a reflectirem sobre o caso “desculpas” de IA que no seu entender esconde outros cenários que não abona a tão alegada coesão interna no seio do Mpla.

No seio da sociedade civil, multiplicam-se diferentes leituras sobre o inesperado silêncio de IA no cumprimento de fim de ano, onde a alegada humilhação pública e um eventual cenário de exoneração nos próximos tempos vai ganhando corpo.