Luanda -  A policia   de investigação criminal de Angola acionou a INTERPOL, para a localização da cidadã nacional Alice Vanusa da Silva Pascoal suspeita de liderar uma rede de burla que apresentava-se como facilitadora na compras de casa/apartamentos, no bairro Nova Vida, em Luanda. Há suspeitas de que  a mesma terá  fugido para Portugal.

Fonte: Club-k.net

Suspeita de liderar uma rede de burla de casas

Alice Vanusa da Silva Pascoal, residente na Sagrada Família em Luanda era uma funcionaria da sede central  do MPLA em Luanda, posição que lhe punha em contacto com  informações privilegiadas.

De algum tempo, Alice Pascoal  teria pedido licença de dispensa no trabalho para dedicar-se a actividades empresariais ilícitas. A cidadã tinha a sua disposição  um grupo que se apresentava como moderadores na compra de casas/apartamentos, em Luanda.  Em função disto, a ex- funcionaria do primeiro andar da sede do MPLA, recebia somas alvultadas de cidadãos que recorriam aos seus trabalhos na promessa de  que comprariam as supostas casas. Os lesados entregavam somas que iam dos 30 a 80 mil dólares americanos.

Para se  fazer acreditar junto das vitimas, a cidadã Alice  Pascoal  apresentava-se como nome de conhecidas  figuras do MPLA. Dizia aos clientes que se chamava “Teresa Gama”, nome de uma dirigente da OMA e outras vezes apresentava-se como “Teresa Gonçalves”, nome da Directora de Gabinete do SG do MPLA, Dino Matross. Mostrava também aos clientes uma suposta  lista de nomes onde incluía o da deputada Carolina Cerqueira, fazendo crer  aos burlados que era nome dos  beneficiariarios  que recorriam  a sua ajuda.

A suposta  burladora, uma vez que trabalhou na sede do MPLA, trazia uma procuração “falsa”  com a timbre do  gabinete  do Vice-Presidente partidário ordenando-lhe  a  distribuição de casas situadas no projecto Nova Vida, para os interessados próximos ao partido no poder.

Por sua vez, duas cidadã identificadas por “Nayol” e “Julieta”, que acreditaram no trabalho de Alice Pascoal mostraram se disponíveis em ajuda-la. Estas procuraram clientes para amiga aumentando os preços. Ou seja se um cidadão tivesse que pagar 70 mil dólares por uma casa, estas duas cidadãs subfaturavam aumentando os preços para 80 ou 90 mil. Ficavam com a comissão e a outra parte entregavam a Alice Pascoal, a quem elas acreditavam ser uma pessoa que estaria a agir de boa fé.

De realçar que “Nayol” é uma jurista que já foi   secretaria do ex-Ministro das Obras Públicas, Higino Carneiro e foi também directora do gabinete jurídico do PRESILD. Ambas (Nayol e Julieta) foram recentemente detidas pela Policia Nacional  em Luanda. Elas poderão ser soltas, uma vez que disponibilizaram-se em devolver a parte das comissões monetárias que receberam.

Foi também detido um cúmplice de Alice Pascoal, identificado por “Sebastião” que é professor da Universidade Gregorio Semedo em Luanda. Este por sua vez revelou que a sua “patroa” encontra-se foragida em Portugal a já algumas semanas. O detido comprometeu-se em vender as viaturas adquirida dos dinheiros do esquema para poder  devolver os valores dos cidadãos burlados. 

De acordo com conhecimento os clientes, na sua maioria gente ligada ao regime, efectuavam os pagamentos a Nayol e a Julieta e  por sua vez faziam chegar ao elemento "Sebastião". Este por seu turno reencaminhava  para a líder do grupo, Alice Pascoal.

É assim que a policia angolana acionou a Interpol, a fim de localizar em Portugal ou em outra parte do mundo o paradeiro da cidadã Alice Pascoal para ser apresentada a justiça angolana para ser julgada.