Luanda - Segundo o nosso registo, o acidente de trabalho que deixou parte dos habitantes do Bairro Madeira ao Município do Cazenga em estado de choque, tendo em atenção a forma como o Jovem Silva, de 35 anos morreu no dia 17 de Janeiro do ano em curso, ocorreu por negligência do seu chefe imediato.

Fonte: Despertar

Silva, Lutou com as suas próprias pernas, os seus braços, mas, os cerca de 60.000 Kilovoltes não se importaram em deixar a mão directa do jovem porque só mesmo depois de carbonizada saiu, lentamente, do fio eléctrico e já depois de morto, embora abrisse a boca nos últimos suspiros.

Vamos as razões:

Silva, como era chamado, fez parte, até a data da sua morte, do Departamento de Manutenção de Linhas, dirigido com alguma leviandade, segundo consta, pelo Engenheiro Júlio Job, aquele que deu a cara as duas Televisões de sinal aberto no País, minutos depois do fatídico acidente para justificar afinal de contas as sua falhas, grosso modo na morte prematura do jovem técnico da ENE.

Mas, vejamos. Por norma, faz saber um técnico na matéria, antes de qualquer operação de manutenção, este, Júlio Job, deve notificar, por escrito, o Departamento de Operações, para aferir se a linha está ou não aterrada, quer dizer, sem energia e pronta para receber obras de restauro, o que não foi feito pelo chefe do jovem falecido porque os dois operadores em serviço na subestação dos Caminhos-de-Ferro de Luanda, já identificados por nós cujos nomes omitimos por razões de segurança, não tinham conhecimento da operação que levou para junto de Deus o jovem, daí que um deles, também identificado ligou uma única linha das duas aí existentes.

Enquanto ligaram a tão esperada energia eléctrica, o Silva, no caso, lutava pela vida, mas, tarde de mais. E, se foi, Infelizmente.

Os dois operadores em serviço na subestação dos caminhos-de-ferro de Luanda, segundo apuramos, ligaram a linha porque a sua área de operações não recebeu o habitual “IS” entenda-se, - impedimento do Sistema, um documento preliminar que Júlio Job deve elaborar, antes de mandar qualquer equipa de manutenção no campo, o que este Engenheiro não fez na dita operação da morte.

Uma fonte influente junto da Empresa Nacional de Electricidade confidenciou que o engenheiro em causa mentiu a opinião pública nacional e internacional, quando minutos depois do sucedido, afirmou, em entrevista a alguma imprensa que não entendia os motivos da morte porque a mesma linha estava aterrada, quer dizer, fora de serviço, desde ao dia doze de Janeiro.

“O Engenheiro, começamos a citar, mentiu, grosso modo porque ele sabe que aquele posto recebe duas linhas. Uma que sai da FILDA para o CFL e outra do CFL para a FIILDA. Ele percebeu, continuamos a citar, que tem doze da culpa na morte do jovem. Rematou.

Sabe-se de igual forma que em 2012, um jovem identificado apenas por Altino, morreu em condições iguais na subestação da estalagem, bem como um empreiteiro ficou sem os membros inferiores e superiores quando tentava fazer obras de restauro na subestação de Viana numa área proibida mas que não foi informado, tudo por falta de comunicação entre os Departamentos de operações, de Manutenção e higiene e segurança.

A fonte avança por outro lado que o Departamento de higiene e segurança falhou por enquanto o jovem silva foi ao terreno sem o material de prevenção exigido, como são os casos de detetor de tensão e coletes anti chama.

Durante a colheita de dados, falamos com os Chefes de Departamento de higiene e segurança e o Subdirector  da ENE para linhas, mas estes não se dignaram em prestar quaisquer esclarecimentos. Lembro-lhe que o jovem Silva é natural do Uíge, foi a enterrar terça-feira última no cemitério municipal de Viana e deixa uma viúva e dois filhos.