Luanda - Um renomado empresário de Benguela adverte que a escassez de divisas pode colocar o país sem produtos importados.

* Coque Mukuta
Fonte: VOA

comid.jpg - 89.02 KBJosé Carlos, proprietário da firma Fonseca e Irmãos, distribuidora de bens alimentares e de apoio à indústria, antevê reflexos negativos para o mercado, com o bolso do consumidor a sentir o peso de um provável cenário de especulação.

O armazenista ressalta que existem sinais de regularização financeira, mas adverte que os níveis de aquisição de produtos no exterior estarão aquém dos verificados em 2014.

José Carlos Fonseca não se opõe à defesa da produção nacional, mas ressalta que a economia deve ser competitiva, com preços de bens locais e importados mais ou menos equiparados. É desta forma que o empresário olha para a necessidade de protecção do consumidor, sendo certo que existem produtos cuja importação é mais do que imperiosa.

O problema, ressalta a fonte, é que as dificuldades de aquisição de mercadorias tiveram início em Novembro último, quando os fornecedores começaram a impor travões em consequência da escassez de divisas.

Confrontado com os bens que conformam a cesta básica, entre os quais o feijão e a fuba, Fonseca revelou que a sua firma vai avançar para uma unidade capaz de fornecer duzentas toneladas de farinha de milho por dia e matéria-prima para as cervejeiras.

Ainda assim, aquele empresário não descarta a hipótese de se apostar na importação.