Luanda - Três oficiais da Polícia Nacional afectos à Polícia económica de Luanda encontram-se detidos há sete dias, na Direcção Provincial de Investigação Criminal DPIC.

Fonte: Rádio Despertar

Segundo apurou a Rádio Despertar junto dos familiares de um dos detidos, aqueles agentes terão sido mandados para a cadeia quando autuaram um cidadão de nacionalidade chinesa, durante uma operação de inspecção numa oficina de reparação de veículos, cujo gerente, também chinês, apresentou um visto de turismo, o que nos termos da Lei e segundo a nossa fonte constitui uma infracção punível.

Diante da flagrante violação da Lei migratória, aqueles oficiais, devidamente identificados, decidiram deter o cidadão chinês, tendo sido levado a posterior à esquadra do antigo controlo do Benfica, na Samba, e presente aos seus colegas de ordem pública e de investigação criminal em serviço na segunda-feira passada. De seguida, prossegue a fonte que temos vindo a citar, o chefe de investigação criminal daquela esquadra, terá mantido uma conversa demorada, com o chinês e longe dos olhares dos autuantes, e depois ordenou a libertação do cidadão asiático e ao mesmo tempo mandou as celas os três polícias para as celas, alegando falsa qualidade dos agentes, mesmo com os respectivos passes de identificação, remata o irmão de uma das vítimas.

A situação terá por outro lado criado mau estar entre os colegas do investigador o que fez com que este alterasse o tipo de crime cometido, colocando nos autos remetidos à Procuradoria-geral da República junto da DPIC o crime de tentativa de extorsão punível pela Lei penal vigente em Angola.

A Despertar sabe de fonte ligada à PGR que os três oficiais que fazem hoje sete dias longe dos seus familiares, foram ouvidos, em separado, esta sexta-feira pelo Procurador e segunda-feira próxima vão saber o seu destino com a elaboração do auto de pronuncio daquela instância de justiça.

Suspeita-se que o chefe de investigação criminal agiu de tal porquanto ser um dos que dá guarida ao chinês e a sua oficina.

O comportamento daquele oficial de investigação criminal cujo nome se desconhece até ao momento agudizou as não boas relações entre as duas polícias que recentemente foram retiradas do Comando Geral da Polícia Nacional e colocados na dependência directa do Ministro do Interior.