Lisboa –    Um dos filhos do Ministro dos Transportes de Angola,  Augusto da Silva Tomás foi  recentemente citado no  “draft” de  um memorando independente, sobre o tema da transparência no regime do MPLA   como tendo pago, em 2014, cerca de  três  milhões de euros (equivalente a três milhões e duzentos mil dólares), para a  compra de dois penthouses, na Marina da Expo (primeira linha do Rio), uma das zonas mais luxuosas de Lisboa.

Fonte: Club-k.net

O “Penthouses” é um tipo especial de apartamento, que por estar localizado nos últimos andares de um edifício, costuma ser mais caro e luxuoso, com taxas condominiais e tributos mais elevados.

De acordo com revelações do memorando, Inocêncio da Silva Tomas também conhecido por    “Inó” (diminutivo de Inocêncio, que é o nome do avó)  mandou partir a parede do meio que dividi os dois “Penthouses”,  no sentido de tornar num só único imóvel passando agora a  ser um dos maiores  de Lisboa. 

Formado em gestão nos Estados Unidos da América, a cerca de três anos,  Inocêncio da Silva Tomas, passou agora a viver entre Luanda e Lisboa.  Apesar de nunca ter trabalhado, o jovem, de 33 anos de idade,  é agora apresentado como um empresário em ascensão em Angola.  

O memorando em referencia apresentam-lhe como a figura que ficou com os contratos de gestão dos guindastes e gruas e maquinas de todos os portos de Angola - sem investir um tostão  – o que lhe faz render cerca de 15 milhões de USD por mês.

Inocêncio da Silva Tomas, é também suspeito de transportar valores não declarados para Portugal através de um jato falcon que o faz transportar frequentemente para a capital Portuguesa.

Negócio do transporte marítimo de passageiros

Esta semana, o Portal Maka Angola, citou Inocêncio da Silva Tomas como estando a frente de negócios na qual o seu progenitor teria interesses.

Segundo o Maka Angola, “O negócio do transporte marítimo de passageiros entre Luanda-Sul, Porto de Luanda e Cacuaco tem sido uma preocupação muito pessoal do ministro dos Transportes, Augusto  da Silva Tomás.”

 “Em 2008, o ministro criou a empresa AASPM, para exploração de transportes marítimos, em sociedade com o então ministro das Finanças e actual governador do Banco Nacional de Angola, José Pedro de Morais, e o secretário de Estado do Ambiente, Syanga Abílio. Na altura, os dirigentes escolheram ser representados no negócio pelos seus filhos, nomeadamente Inocêncio da Silva Tomás, Jorge Lutuíma de Morais e Simão Nyoka Abílio.”, le-se na denuncia do portal gerido por Rafael Marques.

“Esta empresa, ora dormente, foi a primeira a propor a exploração do transporte marítimo de passageiros de Luanda-Sul a Cacuaco, bem como uma parceria com o Ministério dos Transportes para o efeito. Curiosamente, a proposta, que incluía a compra de três veículos anfíbios hovercrafts, era inferior a US $18 milhões. O hovercraft pode deslocar-se por terra ou por água, apoiando-se num colchão de ar que o faz deslizar sem tocar na superfície.”,  escreveu.