Lisboa – O Coronel das FAA, Ricardo Ndelessi Castro, detido no passado dia 9 de Março, pelo general António José Maria (na foto) por o ter interrompido quando fazia exercícios físicos no Estado Maior General, em Luanda, foi transferido para a cadeia militar do Tombua, na sexta-feira, 13, quando eram precisamente 10 horas da manha.
Fonte: Club-k.net
O mesmo deverá ficar sob fiscalização de um tenente-general, Job Sunguete Inácio, devendo ser ouvido nesta segunda-feira (16) pela Procuradoria Militar. A cadeia militar do Tombua, situa-se ao longo do rio Kwanza e pertence a região militar de Luanda, sob comando do tenente-general, Carlitos Simão Wala.
O general Zé Maria, Chefe do Serviço de Segurança e Inteligência Militar (SISM) entende que o referido oficial superior das forças oficias deve ser levado a tribunal. Porem, altos funcionários da Policia Judiciaria (PJ) que o tinha inicialmente como detido, não veem razões para levar o assunto ir ao Tribunal visto que o coronel detido não cometeu infração ou crime que justifique. Porem, para não desobedecerem as pressões do Zé Maria, a estrutura judicial das FAA entendeu dar sequencia ao assunto.
De recordar que o episódio da detenção do Coronel Ndelessi está a gerar sentimento de repulsa nas Forças Armadas Angolanas, uma vez que o mesmo foi detido sem processo crime e também pelo facto do general José Maria não ser autoridade judicial para efectuar detenções no exercito ou de intrometer-se nos assuntos da Policia Judicial Militar.
O Coronel Ndelessi é um oficial superior militar, que aderiu as FAA, no ano de 1991, após ter abandonado as extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), de Jonas Savimbi.
A sua detenção ocorre num período em que os gabinetes provinciais da UNITA fizeram declarações publicas denunciando que estavam em posse de documentos indicando que o regime angolano poria em marcha um plano de saturação contra ex-militares seus ingressados nas FAA, culminado em detenções, calúnias ou atentados contra seus dirigentes traduzidos no desgaste do partido.
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