Monopolização privilégiada no Jornal de Angola

É engraçado como o Jornal de Angola sabe corresponder a certos interesses. A Tchizé tem uma revista chamada Caras, por que não publicou isso na sua revista. Quando o Jornal de Angola ( tão rápido) interou-se, e notou  de que a mesma já tinha um artigo escrito sobre a Poligamia,  e que o mesmo artigo deveria ser publicado no Jornal de Angola?É claro que foi a mesma que enviou,  não precisam me fazer recordar.

 

Será que outros autores que se pronunciarem  contra e sobre a poligamia terão os mesmos direitos, se enviarem os seus artigos no Jornal de Angola? Será que textos como o do Professor Feliciano Cangue, o Engenheiro Nelo de Carvalho, Osvaldo Rodrigues e outros jovens articulistas  por aí são tão inferiores que não despertam nenhum interesse aos diretores do Jornal de Angola? É impressionante como essas instituições que se dizem Públicas  sabem corresponder a interesses e prazeres pessoas dos nossos manda chuva.

 

 O texto da Tchizé, até que foi bem escrito, acho que desta vez ela fez  o uso da ajuda dos assessores corretos, ou deve ter trocado os mesmos. Ou então  vem se dedicando, de uns tempos para cá,  a revisar  os belos texto de  gramática  e os dicionários de língua portuguesa que andou comprado nas livrarias da cidade do Porto, no tempo em que estudava Jornalismo.

 

Mas mesmo assim o Jornal de Angola descobriu no mesmo texto ( e em tão pouco tempo) tanta elegância que publicou logo o  mesmo texto? Isto prova mais uma vez a decadência em que esse Jornal nos últimos anos tem atravessado e caído: articulistas péssimos, repetitivos e redundantes. Muitos deles sem nenhum tipo de ressonância, com temas jornalísticos ou análises que mal poderiam interessar ao leitor Angolano. Articulistas e Jornalistas distantes da realidade dos problemas e interesses angolanos, entre eles tem até uma Dra. Equatoriana  que fala  sobre a vida  dos Índios  na Amazona desse mesmo país; na da mal, se países como Ruanda e o próprio Congo, a Somália, o Súdan, a Swazilândia  não estivessem tão perto de um país como  Angola; nada mal, se as populações  silvestres  das florestas que  cobrem o curso longo descendente ou crescente  do caudaloso rio Congo fossem menos inferiores que os índios da  Amazona.

 

Nada contra os índios da Amazona, minha revolta é mesmo contra o Jornal de Angola. Numa fase em que se diz  que o que importa e o que  se deve prevalecer é a reconciliação nacional. Eles ( o Jornal de Angola) sabem  odiar e menos prezar os intelectuais desse país, e ainda, o que é mais perigoso, fazer com que os intelectuais desse país odeiem tudo  o que existe nesse regime e nessa ordem.  A monotonia e  a falta de dinâmica textual  e literária caracteriza a falta de criatividade de quem escreve no mesmo Jornal. É um Jornal que não corresponde mais a realidade da nação, nem a dos humildes cidadãos angolanos. Parece que o mesmo só existe para agradar quem continua no poder. O Jornal de Angola é uma aberração para os tempos em que vivemos. É uma aldrabice, é um produto da arrogância  do poder que está aí. É uma inutilidade, para os propósitos que essa nação pretende alcançar.

 

Se  é para agradar ( pouca gente) quem está no poder não precisam usar o Jornal inteiro. Acreditamos que o mesmo Jornal é feito de várias páginas. Uma página só seria mais do que suficiente para agradar o chefe de Estado e toda a sua família, assim como os  amigos e os  parentes  dos mesmo, até os possíveis subordinados. Por que então não dar espaço a essa nova geração que está aí, com ideias frescas, sedentos de quererem fazer algo pelo país? Por que tanta censura, tanta apropriação, tanto egoísmo, excesso extremo de direito para uns numa coisa que não lhes pertence? Quem é o dono do Jornal de Angola? Quem é o patrão desse Jornal, quem é seu proprietário? É Público, é da nação ou não é?

 

Por que essa monopolização de privilégios e da informação, ou de tudo de que se faz nesse país? Isso só reflete a confusão que muitos têm feito daquilo que é privado com o que é público. Privilégios, privilégios  e mais  privilégios para poucas pessoas em detrimento do que é bom  e útil para a nação.Onde está a prova de que uma Tchizé dos Santos tem todos os dons possíveis para agradar e contentar à milhões de angolanos pelo que diz e faz? E onde estão as provas de que o resto dos intelectuais e habitantes desse país são ineptos  pelo que têm feito?

 

Alguém no club-k, provou com fundamentos  cabíveis, que José Ribeiro e outros são um bando de desqualificados, que em situações normais jamais seriam redatores de um Jornal. Não será essa a prova de tanta incoerência e desproporcionalidade  no Jornal de Angola, que tinha tudo para ser o melhor do país?A prova autêntica da bajulação  é essa, descrita acima e abaixo: o chefe   ainda não acabou de contar a anedota e o subordinado, idiota e estúpido,  já sai rindo; o chefe ainda não acabou de fazer o pedido, e ele já adivinhou o que o chefe quer. Isso é uma vergonha! O ser uma humano não pode se inferiorizar tanto assim, e muito menos  os trabalhadores do Jornal de Angola, onde supostamente deveriam existir gente competente, provando que suas habilidades profissionais  justifica o salário que recebem e as ações que têm feito.

 

 Poligamia ou a lei do mais forte - Welwitschea dos Santos "Tchizé"

 

* Carlos Alberto
Fonte: Club-k