Lisboa - O ativista Marcos Mavungo, organizador de uma manifestação, frustrada, contra a alegada má governação e violação dos direitos humanos na província angolana de Cabinda, detido desde sábado, vai a julgamento na quinta-feira, segundo fonte ligada ao processo.

Fonte: Lusa

Em declarações à agência Lusa, Anacleto Mbiquila, secretário do presidente do Conselho Provincial de Cabinda da Ordem de Advogados de Angola, Arão Tempo, detido igualmente no sábado, dia da prevista manifestação de contestação naquele enclave.


Ainda segundo a mesma fonte, Arão Tempo está hoje a ser ouvido na Direção Provincial de Investigação Criminal (DPIC).

Marcos Mavungo e Arão Tempo respondem alegadamente pelo crime de sedição, que implica atentados contra a segurança do Estado através de motins, tumultos, ameaças ou injúrias, ou ainda da invasão de edifícios para se impedir a aplicação da lei e impedir ou perturbar uma entidade de exercer autoridade pública.

Anacleto Mbiquila referiu que Marcos Mavungo se encontra detido na cadeia do Yabi, e que na quinta-feira feira vai ser presente a tribunal.

O ativista foi detido na manhã de sábado, quando se dirigia à igreja para assistir à missa, antes da programada marcha, cuja concentração estava marcada para as 13:00 (12:00 em Lisboa).

Por sua vez, Arão Tempo foi detido no posto fronteiriço de Massabi, quando pretendia viajar para a República do Congo.

Na segunda-feira, o Conselho Provincial de Cabinda da Ordem de Advogados de Angola emitiu um comunicado considerando ilegal a detenção do seu presidente e apelando à reposição da legalidade.