Luanda - Um balanço provisório das chuvas que caíram na madrugada de hoje sobre a capital angolana, Luanda, aponta para a morte de duas pessoas e inundações de 8.279 residências em toda a cidade.

Fonte: Lusa

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do comando provincial de Luanda do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros, Faustino Miguêns, disse que as mortes foram registadas na zona da Boavista.

Morreu uma criança de um ano e um homem de 40 anos no município do Cazenga, indicou

O levantamento dos estragos da chuva, que ainda continua, indica igualmente o desabamento de 138 residências e de outras 78 em vias de desabar, o abandono de 32 casas, a inundação de dez escolas, dez esquadras da polícia, nove centros médicos e duas igrejas.

Faustino Miguêns disse que 151 famílias ficaram desalojadas, mas já se encontram sob tutela das administrações municipais.

"Tivemos também o desabamento de terra na estrada do Calumbo ao Zango (município de Viana), temos também alguns pontos críticos na estrada nacional 230, com a existência de vários charcos", referiu o responsável.

Adiantou ainda que bacias de águas estão igualmente formadas em várias ruas e estradas, dificultando a passagem de pessoas e de viaturas.

Segundo Faustino Miguêns, as chuvas causaram o transbordo do rio Kwanza na zona da Muxima.

Há três dias que a capital angolana regista chuvas consecutivas mas os dados apresentados são referentes às que se abateram sobre Luanda na madrugada de hoje até meio da manhã.

"É tudo consequência das chuvas de ontem e ainda nesse preciso momento temos alguns pontos com chuvas miúdas, estamos a falar de Cacuaco, onde em alguns pontos ainda chove, e no Icolo e Bengo", sublinhou.

A comissão provincial do Serviço de Protecção Civil esteve reunida na manhã de hoje com o vice-governador de Luanda para a área técnica e está a utilizar todos os mecanismos necessários para acudir as populações, nomeadamente o realojamento de algumas famílias e abertura de algumas valas para dar escoamento às águas, adiantou Faustino Miguêns.

O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola (INAMET) prevê até princípios de Abril chuvas intensas em todo o país, que terminam a 15 de Maio, data em que se iniciam os três meses de tempo seco.