Luanda - O Governo angolano atribuiu à Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) a concessão da pesquisa e produção de petróleo na zona terrestre do centro do enclave de Cabinda, uma área superior a 1.400 quilómetros quadrados.

Fonte: Lusa

A informação consta de um decreto presidencial de 20 de Março,  que recorda que o Bloco Centro da Zona Terrestre de Cabinda (em terra existem blocos ainda a norte e a sul) "já foi objeto de uma concessão petrolífera que não registou sucesso".

Contudo, assinala o mesmo decreto, assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a empresa estatal Sonangol "pretende celebrar um contrato com determinadas entidades para executar as operações petrolíferas" nesta área central do enclave, fronteira à República Democrática do Congo.

A área, cujos direitos mineiros envolve a prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasoso, abrange 1.402,5 quilómetros quadrados (km2) em território de Cabinda e envolverá um contrato (exploração) de serviço com risco.

Estão previstos cinco anos para o período de pesquisa de hidrocarbonetos líquidos e gasosos e 20 anos para produção, por cada área de desenvolvimento.

A província de Cabinda assegura a maior parte da produção angolana de petróleo, sobretudo em ?offshore'.

A Sonangol prevê atingir uma produção diária de dois milhões de barris de petróleo, em Angola, em 2016.

A produção de petróleo em Angola está concessionada à Sonangol, que por sua vez cede a operação em vários blocos a petrolíferas internacionais, através de grupos empreiteiros.

As reservas de petróleo em Angola estão avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (categoria de provável).

A Sonangol anunciou em fevereiro passado que prevê concluir este ano os estudos de pré-viabilidade para o desenvolvimento de descobertas de gás natural no "polo Cabinda", e nos sistemas de gás das bacias dos rios Congo e Cuanza.