Luanda - Março mulher está a chegar ao seu limite e não gostaria que me deixasse vazio. Ou seja, não queria que ele, o Março Mulher, fosse embora para lá de 2015 sem que, pelo menos uma vez, falasse dele e das suas mulheres. Uma única vez porque não me parece, em minha modéstia opinião que as mulheres estejam a precisar, grandemente, de favores masculinos para a sua ascensão.

Fonte: Club-k.net

Mas como o mundo assim pensa, finjamos todos que assim seja.

E, para este primeiro e único lançamento a respeito, dirijo-me a uma amiga, somente do mundo virtual, a Jornalista Ana Margoso, não porque o “luck” dela atraiu-me nos ventos de Março, mas pelo trabalho que está a realizar no Jornal Terra angolana, que segundo as “bocas”, não de aluguer, tem fortes ligações com alguma formação política da nossa praça.

DA ANÁLISE:

Mesmo não sendo leitor frequente, sempre dei um golpe de vista, com exclusivo objectivo de formar uma opinião própria que não se situasse longe das outras a respeito do mesmo. Aliás, é assim que faço em quase tudo. Vejo, leio, ouço de tudo um pouco, exactamente por causa das opiniões que ao longo da vida devemos emitir. Pois, entendo que não podemos nos pronunciar com alguma substancia sobre temáticas, situações que não dominamos na sua génese.

E do que já li, se comparado com a antiga “capa” anterior á gestão “anina” arrisco afirmar que não se compara em termos de conteúdos sua forma e substancia, pois, hoje o Terra angolana tem uma imagem e uma forma de abordagem que prossegue, com alguma persistência, os básicos princípios do jornalismo à moda angolana.

Aliás, como disse a um amigo, a capa, as chamadas como tais são ilustrativos quanto ao que aqui digo. Substancialmente, a linha de abordagem não foge, em grande medida do formato e a objectividade da capa o que para mim é extremamente positivo, não por ser mulher mas por ter conseguido “revolucionar” pela positiva uma publicação que durante muito tempo e segundo comentários notáveis, cheirava somente cores partidárias, o que para muitos prejudica alguma imagem que se quer diferente.

Que a minha amiga “aninha” neste março mulher continue a pensar que é possível ser-se militante, trabalhar para isso e simultaneamente ser uma profissional que aborde as matérias com alguma isenção, objectividade e acima de tudo respeito aos limites jornalísticos;

Que a minha “aninha” seja seguida por muitos Jornalistas da nossa pobre praça que na ânsia de contentar este e aquele, lá do topo da bandeira, deitam por baixo, grosso modo, regras da nobre missão de informar com verdade.

Que a minha amiga “aninha” seja o exemplo de que ser assessor significa conhecer mais e ter mais tempo a respeito da área em que se é assistente e assistir não é se tornar em “yes man” como ocorre aqui e acolá e o que não ajuda o próprio contratante.

Meu Março Mulher para Ana Margoso pelo trabalho exemplar que está a fazer num Jornal em nova roupagem, diga-se.

Atenção! é preciso ler, comparar para perceber o meu Março mulher.

Parabéns, Ana e bom trabalho.