Lisboa -  Alguns responsáveis  do  Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), são suspeitos de terem, de forma discreta,   financiado/patrocinado   algumas manifestações de rua,   contra o   Presidente José Eduardo dos Santos (JES) que  ocorreram no país entre o ano de  2011 e  2013. 

Fonte: Club-k.net

Através do agente “Tukayano” 

O  apoio  mais visível do SINSE, aos jovens manifestantes foi feito através de Benilson Pereira Bravo da Silva “Tucayanu” (na foto), o agente secreto  que  foi recentemente condenado pela participação nos assassinatos dos ativistas  Alves Kamulingue e Isaías Cassule.

 

Benilson “Tucayanu” estava infiltrado no movimento revolucionário afecto aos promotores dos protestos anti regime. A partir de Setembro de 2012, ele  passou a financiar algumas iniciativas dos manifestantes cobrindo as despesas para  as impressões de camisolas e de panfletos geralmente com mal dizeres sobre o Presidente JES.

 

Depois das eleições, os manifestantes levaram a cabo um projecto “onde foi o nosso voto” e seria novamente Benilson “Tukayano” o financiador da impressão de camisolas com os dizeres “angolanos vamos exigir o nosso voto”. Quando estes eram ilegalmente detidos, a margem das manifestações  era também Tukayano que se disponibilizava na cobertura financeira da logística e outros gastos que estes causavam.

 

Nito Alves um jovem promotor de manifestações confirmou  ao Club-K que já recebeu apoio financeiro  de Benilson Silva como o pagamento da sua internet, e saldo para telefone.  Contou também que quando realizassem outras iniciativas que se exigisse a contribuição financeira, o ex-colega Benilson era o que maior fasquia oferecia.

 

Foi através desta conduta exemplar que o agente do SINSE ganhou confiança dos manifestantes ao ponto de o levarem  numa reunião que estes tiveram com o SG da UNITA, Victorino Nhany,  a fim de conhecerem qual seria a posição dos “maninhos”,  nas eleições de 2012, já que reclamavam ter havido fraude eleitoral.

 

De acordo com explicações, sempre que os jovens realizam as manifestações, o SINSE tem a sua disposição fundos para o acompanhamento e monitorização destas actividades  encaradas  como subversiva.  O SINSE, segundo pareceres,  tem  formas mais diplomáticas e suáveis de conter  as manifestações dos jovens, porem sempre optaram pelo métodos menos exemplares, porque na percepção dos  “entendidos”, era tudo do interesse dos seus responsáveis para tirarem proveito dos  fundos que lhe era posto a disposição.

 

O SINSE, através de Benilson Silva  não só apoiou  financeiramente como também encorajou  a realização de protestos contra o Presidente da República, subscrevendo aos  documentos enviados ao GPL,  usados para comunicar  a realização das manifestações.