Lisboa -   O director geral do Jornal de Angola, António José Ribeiro, em parceria com o seu assessor português, Artur Queiroz, são acusados de terem criado desde Dezembro de 2014, um esquema de corrupção/cabritismo que os habilita a canalizar valores para as contas bancárias do segundo, como resultado de um trabalho adicional que prestam àquela empresa pública. 

Fonte: Club-k.net

O esquema foi montado com a implementação de um suposto ciclo de formação para os jornalistas, (ministrados por Artur Queiroz) onde por cada sessão de formação, que dura apenas um dia, o director do Jornal de Angola manda pagar cerca de um milhão de kwanzas para o seu assessor. Só no mês de Dezembro e Janeiro último  o “professor” ministrou quatro cursos.

Os conteúdos abordados durante a suposta formação não são do conhecimento do administrador Editorial, Filomeno Manaças, que tem a competência de acompanhar os programas de formação aos jornalistas deste diário.

Recentemente, alguns jornalistas escreveram ao ministro da Comunicação Social, José Luís de Matos, manifestando a indignação de Artur Queiroz, que nem sequer é formado em jornalismo [e muito menos licenciado em algum curso], por estar a dar formação a jornalistas (alguns séniores) deste jornal, destacados nas delegações provinciais. 

Não, obstante ao esquema de sobrefacturação montado pelo Director Geral do Jornal de Angola, há também provas documentais de que o assessor português, Artur Queiroz pede o salário adiantado que são autorizados por José Ribeiro.

Por  outro lado foram verificadas serias irregularidades nestas operações de “pedido de adiantamento de salários”. De acordo com constatações, sempre que o Director Geral, José Ribeiro autoriza as finanças a fazer tais pagamento,   no final do mês, o seu assessor recebe novamente no banco, uma vez que que o seu nome vem nas folhas de salário da empresa. Segundo registros, já houve meses que Artur Queiroz recebeu três vezes o salário.

José Ribeiro: Corruptos são os que desonram figuras próximas ao PR

A acção de José Ribeiro, em mandar depositar valores nas contas do seu assessor, para cada sessão do ciclo de formação que iniciou em Dezembro, são consideradas como praticas de corrupção, uma vez que na cláusula número um do "contrato de trabalho" de Queiroz, para com o Jornal de Angola, estabelece que o mesmo compromete-se a dar formação dentro do seu salário mensal de 11 mil dólares.

José Ribeiro tem se destacado, nos últimos tempos, como um dos gestores do regime que mais se atira contra organizações da sociedade civil (Open Society  e Maka Angola) que se batem pelas denúncias de praticas de corrupção em Angola. Paradoxalmente, o mesmo é agora citado em esquemas de cabritismo/corrupção (em violação a Lei de Probidade Administrativa) usando indevidamente fundos públicos para benefício do seu assessor. 

De acordo com uma pesquisa , o DG do Jornal de Angola defendeu, em Agosto de 2010, que “corruptos são os que fazem parte das listas de pagamento das organizações criminosas que têm como único fim obrigar Angola a ajoelhar-se perante novos donos, que já são os donos dos que continuam a desonrar figuras próximas do Presidente da República, como acontece semanalmente com o general José Maria, o general Kopelipa, o general Dino, o engenheiro Manuel Vicente e outras figuras que prestam o serviço público que deve ser respeitado, mostram que trabalham pela dignificação do país e procuram fazer o melhor para os angolanos”.