Lisboa - O Presidente do Conselho de Administração do Jornal de Angola, José Ribeiro, está há já alguns dias de relações cortadas com todos os administradores do seu pelouro, por entre outros motivos, manifestarem-se contrários, durante uma reunião, às atitudes grosseiras do seu assessor português Artur Queiroz contra os jornalistas e paginadores.

Fonte: Club-k.net

Até há semana passada, José Ribeiro mantinha apenas relações “estreitas” com Eduardo Mivo, o administrador financeiro, mas acabou também por romper drasticamente com este. Sabe-se, apenas, que Ribeiro retirou a Mivo competências, como por exemplo, vetando-o de algumas movimentações financeiras junto da tesouraria. A sua assinatura, por exemplo, já não tem valor na tesouraria.

 

Há algum tempo, quando o DG do Jornal de Angola se ausentava para o exterior, incumbia o administrador para área editorial, Filomeno Manaças, para o substituir, mas por divergência com este, passou a indicar, a administradora para os Recursos Humanos, Catarina Cunha. Pouco tempo depois, desentendeu igualmente com esta senhora , passando então a delegar Eduardo Mivo, o financeiro, para o substituir quando saísse para fora de Angola.

 

Entretanto, Man-Ribas, como também é tratado nos corredores, da empresa, agora vê-se abraços para viajar por não ter a quem deixar o “leme” da empresa. Não fala com nenhum dos seus colaboradores directos, pois, para ele todo mundo está errado, excepto o seu assessor Artur Queiroz.

 

Há muito que Man-Ribas desligou o seu telefone interno e só o liga quando pretende contactar um dos subordinados. Não recebe ninguém no gabine, excepto os seus informantes. Entra e sai do jornal sem saudar os trabalhadores, até mesmo administradores. Chamou a si, a responsabilidade de autorizar despensas de trabalhadores do serviço, bem como autorizar a justificação de faltas.  

  

Há a percepção generalizada de que todos estes excessos de José Ribeiro acontecem com o respaldo do ministro da Comunicação Social, José Luís de Matos. A ex-ministra, Carolina Sequeira, apesar de ter sido desrespeita várias vezes por Ribeiro, pois várias vezes viu as suas chamadas telefónicas ignoradas, ainda chegou a chamar o PCA ao seu gabinete para “puxões de orelhas”. Já o actual ministro Luís de Matos é tido como estando assistir ao “filme” impávido e serenamente, ao contrário de Manuel Rabelais, que no seu tempo de ministro, não permitia tais abusos, chegando mesmo a ameaçar-lhe.