Luanda - "O funeral do Sub-Comissário Gato é uma descriminação no seio dos efectivos da PN ou uma exclusão social na senda Política do executivo angolano?"

Fonte: Club-k.net

Para quem ainda não se apercebeu, hoje foi a enterrar no Cemitério do Benfica, mais um dos filhos de angola, dos milhares que já se foram e que tanto deram do seu melhor no intuito de ver uma angola brilhante ondem os seus filhos poderiam desfrutar em plena liberdade os ganhos resultantes do sangue derramado em prol da sua libertação, trata-se do Cdte Gato.

Quem foi o Cdte Gato?

André Kiala, Kyadozo (para os + queridos), o Cdte Gato (na arena militar),
Sub-Comissário, 2º Cdte da Brigada de Cavalaria e Cinotécnia da PIR e 2º Cdte Provincial da Policia nacional do Moxico.

Filho de Kiala António e de Kanangui Nzumba, Fotográfo de profissão, nasceu à 10 de Setembro de 1965 na localidade do Alto-zaza, município do Kimbele, província do Uíge. Fez os seus estudos primários na RDC e em Angola nos municípios do Negage e Sanza-Pombo respectivamente, tendo alcançado em 2013 o grau de Doutor em Ciências juridicas na Universidade de Delta na República de Cuba.

André Kiala, foi a enterrar hoje, sàbado 02.05.2015, por vola das 11h00 no Cemitério do Benfica, vulgo Chinguary, terá falecido na última quarta-feira 29.04.2015 na Clínica Multiperfil vitíma de prolongada doença, isto é, depois de ter passado em tratamento médico nas Republicas de Africa do sul, Brasil e Cuba em busca de melhorias.

Ingressou nas ex-FAPLA em 1983, tendo passado para Segurança de estado e mais tarde para o Ministério do Interior. Em vida e no quadro da PN (entenda-se Policia Nacional), exerceu os seguintes cargos:

Delegado do Minint no Uíge (Representante do), Cdte do Destacamento dos Objectivos específicos no Uíge, Comissário Político do GOD/Luanda e Instrutor partidário do DOC/PN

Em 92, exerceu os cargos de hefe da 1ª Companhia da Policia de Chock, integrou o 1º contigente de Instrutores na Espanha aquando o 1º curso de Policia de emergência naquele Reino, tendo ja regressado no país, exerceu o cargo de Chefe das operações do 1º Batalhão que no cumprimento da sua missão, assegurou a cobertura das primeiras eleições em 1992, foi igualmente Cdte Provincial em exercicio e 2º Cdte provincial da PIR na Huíla, exerceu os cargos de Cdte da PIR em Benguela, fez parte do grupo de Guarda Republicana em Portugal e do Grupo de oficiais da PN formados em Israel.

Exerceu ainda os cargos de 2º Cdte Operativo da PIR e mais tarde 2º Cdte Nacional da PIR em 1999. Neste mesmo ano foi graduado a Superintendente e promovido para 1º Superintendente. Finalmente em 2004 foi graduado a Subcomissário tendo ascendido o grau de Comissário na ocasião da sua morte. Até a data da sua morte, exerceu os cargos de 2º Cdte da Brigada de Cavalaria e Cinotecnia da PIR e 2º Cdte Provincial do Moxico.

Acompanharam as exéquias fúnebres, a família, colegas e amigos, efectivos da PN e PIR, distintos membros do Conselho Consultivo da PN, entre eles o Cdte Geral da PN, Comissário Geral Ambrósio de Lemos.

Esta, é apenas parte do seu perfil, demais qualidades e cargos por ele exercidos na Defesa e integridade da Pátria são lidos no extrato biográfico do Gabinete da Educação Moral e Civica do Comando Geral da PN.

O absurdo inacreditável, é que na Imprensa Nacional (Rádio TV e JA) não se fala da morte deste filho de Angola de modos que muitos dos seus entequeridos, colegas e amigos não perceberam do seu desaparecimento físico. Como será possivel a Imprensa angolana não fazer menção do passamento físico de um patriota e bravo combatente com tamanha perfil como este e que tanto contribuiu para o país?
Fica aqui a pergunta: a morte do Comissário Gato é uma descriminação no seio dos efectivos da PN ou uma exclusão social na senda Política do executivo angolano?