Luanda - A Integração Regional consiste na formação de um bloco integrado de dois ou mais países, constituído a partir da eliminação de barreiras ao comércio podendo chegar à criação de instituições supranacionais voltadas para a coordenação de políticas macroeconômicas e até mesmo controle do papel do Estado como membro de determinado bloco.

Fonte: Opais

Existem duas grandes correntes que analisam este fato por óticas distintas, os liberais e os realistas. Para os liberais, o regionalismo deve ser visto como um estágio anterior à liberalização total, uma espécie de "globalização regionalizada" pois este permite que os Estados fortaleçam suas economias e se preparem para a globalização total da economia mundial. Para os realistas, o regionalismo se mostra uma corrente contrária a globalização pois, para estes, a partir da integração regional os Estados vão se "fechando" para o exterior do bloco, tornando-se cada vez mais protecionistas, porém este seriam um protecionismo da região para com as demais regiões do globo.

A maioria dos estudos elaborados por Liberais e Realistas sobre as vantagens e prejuízos provenientes da regionalização tomam por base o aspecto econômico da mesma e suas conseqüências para as populações envolvidas nesta união.

É consensual que um processo de regionalização facilita a inserção de economias em desenvolvimento no processo da globalização, pois, através deste, o Estado pode preparar sua economia para o impacto da liberalização total, pregada e defendida por aqueles que consideram a globalização como algo necessário e inevitável.

Do ponto de vista econômico, a regionalização traz ganhos para as economias envolvidas, pois gera um aumento de concorrência, aumento de investimentos e propicia a criação de maiores

economias de escala. Por isso, com a possível criação do mercado da SADC, as nossas empresas devem preparar-se para a concorrência das grandes empresas da região e em particular dos grandes grupos sul africanos que por sinal são os nossos principais concorrentes. Mas, o Estado Angolano, deve fortalecer sua economia, com base no aumento da competitividade

Importa realçar que, o aumento da concorrência quando realizado em função da integração regional, não chega a ser predatório como no caso de uma liberalização total da economia, pois esta colocaria Estados menos favorecidos a mercê de fluxos comerciais e de investimentos que iriam favorecer as economias mais desenvolvidas.

Do ponto de vista político, a regionalização permite que os paises envolvidos passem a negociar em blocos o que resulta em um maior poder nas negociações internacionais. Pois através desse processo, os países considerados pequenos (em expressão política mundial) podem unir-se em uma disputa com um Estado de maior poder econômico-politico, nivelando assim o que costumamos chamar de balança de poder.