Paris - O grupo de reflexão da direção política da FLEC vem através deste comunicado manifestar as suas graves preocupações perante a opinião pública nacional e internacional sobre o agravamento do clima político no território de Cabinda.

Fonte: FLEC

Na verdade, estamos a caminho de quase dois meses desde que os ativistas José Marcos Mavungo e Arão Tempo estão injustamente detidos nos termos da Constituição da República, e considerando as condições degradantes de sua detenção, pedimos expressamente as autoridades judiciais e políticas angolanas para decidir definitivamente sua libertação incondicional, se não proceder imediatamente a um julgamento justo sobre os fatos que lhes são reconhecidos nos termos da lei.

Se vários ativistas dos direitos humanos na província de Cabinda, reconhecem e declaram muitas vezes em programas de rádios estrangeiras que Antonio Bento Bembe é seu irmão e amigo, para o bem do povo de Cabinda e de todos nós, pedimos ­lhes em nome de DEUS, de traduzir esta amizade e familliarité na prática , a reconhecer e considerar com toda honestidade política que o memorado Namibe assinado pelo FCD, colocou cabinda e seu povo num contexto jurídico , histórico e político muito especial dentro da nação angolana na sua totalidade, e querendo ou não, uma situação política, exige de nossa parte uma resposta política madura e construtiva, como elite deste povo. Razão pela qual dizemos claramente que :

­Ninguém pode , por ele mesmo auto proclamar­ se ser a consciência de um povo se não levar o mesmo para a direção certa, no caminho da promoção da paz e da reconciliação nacional, buscando sempre o compromisso em vez de confronto, evitando qualquer tipo de conflito e da radicalização ideológica ...

Hoje em dia,várias vozes Cabindas demonstram o desejo de trazer todos aqueles ,lá dento como ca fora, que foram excluídos do memorando de Namibe para refletirem juntos sobre uma solução, isso reflete uma convergência positiva de opinião, e justifica que chegou o momento de todos nós sentar em torno do FCD, entre irmãos e como verdadeiros irmãos , ultrapassar as nossas divisões e ódios , para promover a cultura da continuidade do diálogo com o governo, e participar activamente no desenvolvimento do país em geral.

Ao FCD, pedimos a eles, (que não é um favor) para jogar a carta da abertura total, para enfrentar os desafios do estatuto especial para Cabinda com total transparência, sem medo e sem rancor, em um

novo impulso político e assumir as suas responsabilidades políticas completas para com o povo do território de Cabinda, e criar as condições para a unificação com todas as outras forças vivas de Cabinda e ajudar o governo a cumprir o destino da província de Cabinda.

Na véspera do nono aniversário da assinatura dos acordos de Namibe, uma página deve ser fechada e abrir uma nova página mais gloriosa e esperançoso para o território de Cabinda, em paz e harmonia nacional, a fim de acabar de uma vez por toda o clima e a política de intimidação e humilhação das elites do povo. A participação activa de Cabindas na vida política Angolana ao mais alto nível, seja na

oposição ou no governo, demonstra cabalmente que todos temos um destino comum nesta grande democracia Angolana em plena construção e consolidação.

Bruxelas dia 6 de Maio de 2015

Pastor Anny Antonio da SILVA KITEMBO

Vice Presidente e Coordenador do grupo de reflexão política, Moderador do novo projeto político da FLEC