Luanda - É obrigação patriótica seguir-se o fio do GENOCÍDIO DO SUMI em defesa do Próximo e em busca da verdade porque só a verdade salva.

Fonte: Club-k.net

Os intelectuais na Sociedade civil, nas Igrejas, nos Partidos políticos, nas diversas Organizações, no Executivo, nos Órgãos privados entre outros, têm um denominador comum : a defesa da vida humana. Tal defesa está devidamente consagrada na Constituição da República de Angola, Carta Magna da qual todos , sem excepção, devem obediência, e na Bíblia Sagrada, como filhos do Pai Celestial. Aprendi, ao meu tempo do Seminário Menor da Vila Flor, com os meus docentes Presbíteros :" bonum faciendum malunque vitandum " - o bem deve-se fazer e o mal deve-se evitar.

Os angolanos precisam de esclarecimento quanto ao GENOCÍDIO ocorrido no monte Sumi nos dias 16 e seguintes, sob condução directa do genocida Kundy Paihama.


Nas constatações que temos vindo a fazer, como Partido maduro e com certa experiência, sem receio de errar, podemos inferir que a Seita de Kalupeteka foi um meio que o regime usou para materializar planos perenes de neutralização da UNITA! Senão vejamos :


1º O Ministério da Cultura indeferiu o pedido de legalização da Seita.
2º Se a Seita não foi legalizada, o que é do conhecimento do senhor K.Paihama, por que razão este teria " oferecido " à Seita um caterpilar para a feitura de alicerce visando a edificação do templo?
3º Não tendo sido aceite o pedido de legalização, com que finalidade o Governador teria " oferecido " uma camioneta de marca Mitsubish Canter, uma carrinha Toyota Hilux, uma viatura Toyota Land Cruiser(Prado), 510 catanas e 4.500 kg de adubos( 90 sacos de 50 kg/cada)?
4º No início da época das chuvas( Outubro/14) no caterpilar "oferecido" pelo Governador, numa bela manhã, o sr Kalupeteka encontra duas bandeiras da UNITA, 9 cartões de recarga da Unitel( não são cartões de membro da UNITA) e 49.000,00 kz ! No mesmo dia, o sr Kalupeteka desloca-se ao Comando Municipal da Polícia, da Kahala, e entrega os meios aos senhores André Prego e João Kangupe, ambos da Corporação daquele Comando.
5º Quando ocorre o GENOCÍDIO no Sumi, as mesmas bandeiras voltam a ser exibidas pela Televisão do MPLA e os cartões de recarga da Unitel milagrosamente sofrem " metamorfose " passando para cartões de membro da UNITA !!!
6º A Sudeste do Sumi, sensivelmente a 7 km, fica o monte Lumbandi para onde se concentraram efectivos das FAA vindos da Barragem do Gove a partir de Fevereiro de 2015!!!
7º Os fiéis da Seita " A Luz do Mundo " começaram a concentrar--se no sopé do Sumi, uma semana antes do fatídico dia 16 de Abril/15 !!!
8ºTodos os Comandantes Municipais da Polícia ao nível da Província do Huambo foram substituídos durante o presente ano, à excepção do da Kahala sr Evaristo Katombela Ukumo!!!
9º Quando se dá a concentração no Sumi, o sr K. Paihama enviou os Agentes André Prego e João Kangupe, ambos do Comando Municipal da Polícia, para colherem dados.
10º Os Serviços de Inteligência Militar infiltraram agentes que se passaram por fiéis no monte Sumi.
11º O Comandante Evaristo Katombela Ukumo cujos restos mortais não foram mostrados à família, morreu de uma bala que perfurou a cabeça. O tiro teria mesmo sido feito por um dos fiéis ou por um perito infiltrado?
12º A Direcção Provincial do SINSE alertou que fosse abortada a ida ao Sumi, o que foi ignorado. Quem teria insistido em teimar e com que propósito?
13º Por que razão a Investigação Criminal apontou o nome de um membro da Direcção da UNITA, no caso o mais velho Horácio Sikola, membro da Comissão Política, como autor dos meios colocados no caterpilar, quando nem sequer conhecia o sr Kalupeteka?

Por estes e outros factos do historial dos acontecimentos, presumimos que a Seita do sr Kalupeteka foi usada como meio contra a UNITA! O nome da UNITA surge, exactamente, depois de em vão, o regime ter persuadido o sr Kalupeteka para condicionar a legalização da Seita ao apoio dos seus fiéis ao MPLA isso porque esse Partido esgotou todas as possibilidades de mobilizar o Povo tal como mandam as técnicas de mobilização : boca a boca ou porta a porta, em manchas e piramidal. Aliás, as declarações que a Rádio Despertar começou a passar a partir do dia 15 de Maio, do Reverendo Antunes Wambu, reflectem o propósito do regime para com as seitas quando dizia " sou militante do MPLA e Chefe de 800 seitas todas apoiantes do MPLA e que as que estão sendo ilegalizadas recusaram-se em apoiar o partido " !!!

Mas a UNITA incomoda o MPLA? Sim, incomoda:


1º Pensava o MPLA que a eliminação física do Dr Savimbi seria o fim da Organização. Não sabiam que o Dr Savimbi estruturou e codificou a UNITA e hoje, em termos de correlação de forças, a UNITA suplanta o MPLA !
2ºTerminado o conflito, a UNITA está na senda da Força do Argumento enquanto o MPLA continua na lógica do Argumento da Força, imprópria para a luta democrática.
3º Quando em 1975 inicia o conflito, o Dr Savimbi começou a preparar os quadros política e militarmente, porque sabia que o desfecho de qualquer luta armada é sempre político. A arma física fica substituída pela " arma " política. Parece-me que os outros não tiveram tal preparação e recorrem ao jogo sujo.
4º O recinto do Largo " Saidy Mingas " foi pequeno para concentrar centenas e centenas de milhares de pessoas que assistiram dia 14 de Março, ao comício do Dr Samakuva pelo 49º aniversário do Partido. Essa concentração criou ódio!

5º No Huambo estão a ser preparadas forças para a curto e médio prazos destruírem as sedes da UNITA depois de se vedar toda a via de acesso à cidade do Huambo!

" Um homem sem política, é veneno " -- Dr Savimbi.
Na minha maneira de analisar os fenómenos, acho que há uma geração, a que K. Paihama faz parte, que não consegue participar no processo de reconciliação nacional porque não pode( o verbo poder não tem imperativo). O nosso colonizador primário dos 5 séculos não ensinou política aos angolanos. Os nossos maiores, Dr A.Neto, velho H.Roberto e o Dr J.Savimbi, fizeram-no por vontade e esforço próprios.
Quem em 40 anos não aprendeu política, nem em 400 anos o conseguiria!

Apela-se à Juventude de todas as matrizes de forças vivas do País a darem as mãos, porque o momento é de colocar Angola e os angolanos no lugar cimeiro de dignidade.

Quanto aos defensores da teoria de destruição da UNITA, já fizeram todas as tentativas possíveis e imaginárias. A UNITA é indestrutível, a UNITA não é intimidável e a UNITA tem o Programa de acabar com o vergonhoso lixo que amputa o pouco que sobra do asfalto em Luanda e nas demais cidades de Angola, de proporcionar uma Educação para todos, séria e responsável, de proporcionar emprego, salário condigno, saúde e tudo o que a mulher e o homem desta Angola precisam para viver.


Para a reconstrução do nosso País, os angolanos no interior são poucos. Temos de recuperar os quadros na diáspora para depois recorrermos à cooperação estrangeira.

Luanda, aos 16 de Maio de 2015.

 Vitorino Nhany