Lisboa - Acabam de me enviar via facebook (como imagem, logo, sem grande qualidade para leitura) a cópia de um artigo do Artur Queiroz, o melhor jornalista lusitano (e pretensamente angolano) de todos os tempos, agora colocado no Jornal de Angola, no qual desanca sobre o director do Semanário Angolense, em jeito de resposta (desproporcional desde já) a um texto sobre si inserido na coluna «altos e baixos» de uma das nossas edições de Abril.

 

Fonte: Facebook

Neste texto, creio que se criticava o seu mau comportamento contra os seus colegas verdadeiramente angolanos, sobre quem volta e meia descarrega toda a sorte de epítetos ofensivos, tratando-os praticamente como a escória da sociedade. Do piorio. Creio que se falava também da lotaria que o Ribeiro lhe quer pôr a ganhar, ao propor ao Conselho de Administração das Edições Novembro que se lhe atribua um (alto) salário vitalício, no que seria algo inédito na história trabalhista do nosso país. (E a minha reforma, Man Ribas? Estou a vir aí para fazermos, ao menos, as contas sobre o tempo que andei por lá. É contar bem: eu entrei aí em 1979).

 

Na peça, Artur Queiroz tem o desplante de dizer que é uma das pessoas mais mal pagas na empresa. Como é que alguém com um salário de 9 mil euros por mês, associado a subsídios (se calhar também de atavio) tem a coragem de dizer que ganha mal? Isto é gozar com a inteligência dos angolanos. Mas, avancemos. Ele desanca sobre mim na qualidade de director do SA. Na verdade, não sou o autor da matéria, mas a condição de director tem esta grande desvantagem: ter às vezes de assumir a responsabilidade de textos alheios,fui mesmo que não os tenha visto sequer – esse por acaso vi, mas, repito, não fui o autor, embora isto pouco adiante. Não está assinado, a responsabilidade é do director e ponto.

 

Assumo-a. No seu artigo, escrito em jeito de resposta, Artur Queiroz diz que fez um pedido ao Semanário Angolense neste sentido, mas que foi simplesmente ignorado. Mas, e aqui reside a força deste esboço imediato de contra-resposta, Artur Queiroz está a mentir criminosamente. Ele não fez chegar porra nenhuma de solicitação de direito de resposta ao SA. Pelo que desancar sobre alguém ancorado num pressuposto falseado deliberadamente é de muito baixo coturno. Mais ainda quando sabe que ele está ausente do país.

 

No fundo, a jogar sujo desta maneira, parece que o velhote está a pedi-las. E se for o caso, pode mesmo levar, porque o cidadão aqui quase mais nada tem a perder. Estou a ver que as que o Victor Silva lhe aplicou não tiveram serventia nenhuma. Se quer gozar, está a bater na porta errada. Vê mazé se ganha mais juízo, ó rapaz. Respeite pelo menos a sua própria idade, já que não respeita quem lhe acolheu em hora de aperto, mesmo depois de os ter achincalhado a partir do Restelo. Ou já não se lembra? O mercenarismo é assim.

 

Nota: se o verdadeiro motivo da sua visceral prosa contra mim é o texto da Dáskalos, nada tenho a ver com isto, até porque ele foi assinado. Se calhar, recebeu «ordens superiores» para me sujar. Já estava a demorar. Ou foi só um calundu do meu amigo Man Ribas?