Luanda - “70% Dos Países mais corruptos do planeta – com piores índices de governação - estão localizados nem África”. – Transparência Internacional.

 

Fonte: Club-k.net

 

ADDIS ABABA
O dia de Africa, ė comemorada ao 25 de Maio, assinalando o dia em que, os chamados pais da independência africana reuniram-se em 1963, em Addis Ababa (Etiópia) em representação de 30 dos 32 estados então independentes, para formalizarem a fundação da Organização de Unidade Africana (OUA).
Em 1991 a OUA estabeleceu a Comunidade Económica Africana (CEA) em inglês “African Economic Community”- já alguém ouviu alguma acção prática de tão ‘sonora’ instituição? - Em 2002 a OUA foi substituída pela União Africana (UA), mantendo porem o 25 de Maio como o “Africa Day.”
Que Países Herdaram?
Ora, interessante ė sabermos como estavam os (novíssimos) Países herdados da “mão colonial” pelos extremamente zelosos nacionalistas da defesa dos interesses mais sagrados dos povos africanos, que se autoproclamaram “Pais da independência Africana”…


A história e os factos, não mentem; todos os países estavam “prontos para darem o grande salto para frente” uma vez que, era reivindicação comum de que os europeus, colonos levavam a percentagem maioritária das riquezas para a europa, deixando simples, míseros “tostões” em África… As cidades e vilas de todos os Países, tinham um ordenamento rural ‘visionário’ que contemplava o futuro, um saneamento impecavelmente funcional e sobretudo uma realística, base económica segura e saudável. O “Sol” na sua deslumbrante glória estava nitidamente despontando do ‘nascente’ para o inteiro continente; O futuro “em letras garrafais” parecia Glorioso e majestoso… “O destino de África, estava enfim nas mãos dos seus ‘generosos’ filhos!”


Inicia o Flagelo
Porém, logo depois das independências, deu-se início aos incompreensíveis massacres, uma serie de ilógicos golpes e contra golpes de estado, um pouco por todo o continente; todos queriam mandar “isto de trabalhar era exigência colonial”- argumentavam os novéis argutos, deu-se início a assaltos pavorosos ao erário público. Kwame Krumah (primeiro presidente do Gana) nas suas memórias, menciona que foi destituído (golpe de estado) enquanto numa viagem de serviço no exterior (China), por antes de sair do país, criticar severamente o seu adjunto, que encomendou uma cama de ouro e loiça sanitária revestida de ouro… o esbanjamento inculto, criminoso e ingénuo, prosperou irracionalmente, assim como as compras de mansões na europa, “botando” para a europa, muito mais riqueza do que os colonos o faziam, que deu origem aos gritos de revolta dos tais “nacionalistas”, argumentando que os colonos estavam a “empobrecer” propositadamente os nativos de Africa… África iniciou ainda no ‘berço’, a descrever a curva ‘descendente’ para o abismo, pelas mãos dos que reivindicavam serem seus leais filhos.


Surge a desolação e a extrema MISĖRIA
Com as independências, a miséria que nunca existiu em África, começou a surgir e crescer a olhos vistos (ė até aos nossos dias; o “sector” que mais vertiginosamente cresce no continente), acompanhado de uma degradação epidémica de todas as infraestruturas coloniais, os hospitais deixaram de funcionar, as escolas funcionam precariamente… o saneamento básico, começou a ser “coisa do passado”, galopante desemprego, luz e água a minguar cada dia, bem como a produção de alimentos básicos. Países que na administração colonial exportavam milhares de toneladas de produtos agrícolas, como a Nigéria, Quénia e o Uganda, começaram a importar alimentos…
Uma classe de novos-ricos na sua maioria “novos governantes”, começou a despontar-se em África, todos ou quase todos, insensíveis ao sofrimento daqueles a quem ‘um dia’ juraram pelas almas dos ‘nossos’ antepassados, defenderem “com unhas e dentes”… Incompetentes, ultra-prepotentes, irritante e egocentricamente vaidosos, “super-pavões”, soberbamente imbecis e absurdamente desinteressados na boa governação com o objectivo de promover o bem-estar.
A corrupção, começou a avolumar-se a tal ponto de se transformar numa violenta cultura… Com que resultado? Doenças já erradicadas ou quase erradicadas durante a administração colonial, ressurgiram com mais poderes, outras doenças “vieram fazer morada em África”, o mal e o piorio, começaram a ser pontos de referência do continente, quando durante a administração colonial, era apontado e referenciado como o “continente do futuro”.
A título de exemplo, a agência “PanaPress” de 24 de maio de 2015, noticia que a Nigéria perde cinco bilhões de USD anualmente, em roubo de petróleo.
Investigadores da Integridade Financeira mundial, uma instituição não lucrativa, com sede nos EUA, afirma que nos últimos 10 anos Africa “perdeu” cerca de 100 bilhões de USD em corrupção. Quantia suficiente para transformar África inteira numa “Miami beach” com notável qualidade de vida.


África, o continente que alberga alguns dos países (ricos) mais POBRES DO MUNDO… que aterrador paradoxo!


VALEU A PENA A INDEPENDÊNCIA?
Sudão, ė o recentíssimo indicativo da pavorosa podridão e ABSOLUTO DESINTERESSE dos dirigentes africanos. Um pais que esteve cerca de vinte e tal anos em fratricida guerra sectária, apos a divisão do Pais, para enfim, estancar definitivamente a matança entre irmãos. O Sudão do Sul, o novíssimo pais emergente, protagoniza um golpe de estado com pouco menos de “seis meses de idade”, instala-se “uma vez mais” a guerra, o morticínio, que se julgava estancado, nem teve tempo para tirar “um cochilo”, expandindo o sofrimento do já depauperado povo Sul Sudanês.
Burundi, Pais que em 29 de Abril 1972, protagonizou em África o primeiro genocídio da história Africana, 300.000 mortos hútus, posteriormente em guerra e convulsões, por mais de dez anos, á dias por o PR Pierre Nkurunziza, insistir depois de cumprir dois mandatos, “ser o único capaz” para governar, promove nova onda de instabilização, provocando algumas dezenas de mortes e milhares de refugiados em todas as direcções… Todos os ditadores (membros e candidatos da esconjurada seita-classe) de África, ao invés de condenarem o marrano, “parabeneziram-no”…


QUE ÁFRICA VAMOS DEIXAR PARA OS NOSSOS NETOS?
O Mediterrâneo ė agora o hodierno “mar vermelho” que separa os milhões de desesperados africanos do ‘maná’ da terra prometida, onde os demoníacos dirigentes africanos, obcecados pela impudica lascívia, depositam insensíveis; toneladas de ouro, diamante, petróleo etc., Banhados em sangue; para benefício de meia dúzia de perversos sabujos e o sofrimento de milhões de compatriotas.
“Temos algum motivo, legitimo para nos congratularmos da independência de África?” Estamos satisfeitos, por um continente extremamente rico e abençoado se transformar no símbolo da estupidez humana e da maldição?
Reformulo a pergunta: “Estão os nossos direitos e bem-estar mais cuidados/assegurados agora, do que na África colonial?”


VIVA A ESTUPIDEZ? – VOU “XINGUILAR”!...
Vamos festejar a “retrogradação” do nosso desenvolvimento? …Quando um dia, algum Pais Africano, fruto das nossas mãos e saber, ser apontado como referência ou exemplo a seguir de boa-governação mundial, ai sim o “SOL” estará “novamente” despontando no continente… “Yes we can!”


Por agora, não temos nenhum motivo de nos orgulharmos, por estarmos inteiramente submersos na gélida e mortífera escuridão tenebrosa da quase eterna “NOITE”.

 

“África Doí-me!” – Wole Soyinka (nobel da literatura Nigeriano)