Luanda - O vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida, recomendou nesta sexta-feira, 05, em Luanda, que o Comité de Especialidade dos Empresários e Empreendedores do MPLA passe a auxiliar o partido e o Executivo na implementação de políticas que garantam a redução da burocracia no acesso ao crédito e no cumprimento das obrigações fiscais.

Fonte: Angop
Ao encerrar a Assembleia Constituinte daquele comité, disse que o mesmo deve também implementar políticas para o reforço da parceria público-privada e estímulo à cultura empresarial, com realce no sector juvenil como força activa do desenvolvimento.

Referiu que o apoio ao empresariado nacional constitui um dos eixos fundamentais do programa de governação do MPLA, para o presente mandato, uma vez que o modelo de desenvolvimento defendido pelo partido implica o estabelecimento de uma economia forte, diversificada, estável, em que os principais centros de decisão económica sejam os angolanos.

Disse ainda que a estratégia de desenvolvimento sustentável de Angola apenas terá efeitos na redução dos níveis de pobreza e aumento do bem-estar das populações se partir do princípio de que o mercado nacional só se torna robusto com o crescimento da procura efectiva de bens e serviços de produção nacional.

"Não se pode desenvolver o país apenas com base nas importações e, sobretudo no momento em que a produção interna apresenta níveis muito baixos. A classe empresarial angolana deverá converter-se em parceiro estratégico do Executivo, tornando parceira na construção de uma sociedade sustentável e justa", expressou.

Frisou que a boa qualidade dos produtos, respeito mútuo, cooperação, solidariedade, criatividade, cultura empresarial, entre outros, são princípios de grande importância para o reforço da consolidação e ampliação da classe empresarial angolana.

"O MPLA é um partido aberto ao pensamento moderno que concorre para o desenvolvimento sustentável. No entanto, não abdica dos seus princípios e valores. Daí que não devemos estimular a cultura do imediatismo para a obtenção de lucros e para o enriquecimento ilícito", salientou.

Roberto de Almeida sublinhou que o contexto actual da economia nacional, condicionada pela baixa do preço do barril de petróleo no mercado internacional, exige dos angolanos cada vez mais serenidade e criatividade na adopção de políticas e estratégias que conduzam à inversão do quadro presente.