Luanda - Mais de 5400 cidadãos, que pagaram e não receberam residências nas centralidades, começam a receber as suas habitações a partir do dia 25 deste mês, anunciou segunda-feira, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração da Imogestin, Rui Cruz.

Fonte: Angop
O responsável, que falava no acto de abertura da 3ª Conferência Internacional do Imobiliário Imogestin – 17 anos, reafirmou o compromisso de continuar a actuar de forma responsável aos desafios da problemática habitacional do Executivo.

De acordo com a fonte, a participação da Imogestin na gestão de alguns projectos habitacionais do governo pode gerar oportunidades para se alargar os benefícios ao sector privado angolano, nas áreas de construção, na indústria de materiais de obra e na própria área imobiliária.

Segundo Rui Cruz, a habitação social constitui para os próximos tempos uma necessidade para satisfazer a procura gerada por esse segmento.

Afirmou que se o papel do Estado é determinante na regulação do mercado imobiliário para a protecção das pessoas economicamente mais vulneráveis, o sector privado pode ver nele uma oportunidade para aumentar a oferta de materiais de construção, bem como assegurar a participação neste esforço que o Executivo vem desenvolvendo.

A conferência que serviu para celebrar o 17º aniversário da Imogestin, segunda-feira, contou com a participação de governantes, empresários nacionais e internacionais, académicos e outras individualidades.

Programa Nacional de Habitação prevê construção de mais de 200 mil casas até 2017

O Programa Nacional do Urbanismo e Habitação prevê colocar a disposição da população, até 2017, um total de cerca de 213 mil casas e 14 novas centralidades em todo país, para reduzir o enorme défice habitacional no país.

Os dados foram avançados segunda-feira, em Luanda, pelo ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, no acto de encerramento da 3ª Conferência Internacional do Imobiliário Imogestin - 17 anos.

Segundo o ministro, o planeamento, financiamento e a construção das centralidades constituem uma oportunidade viável para que as famílias, os jovens em particular, de acordo com as suas possibilidades, possam comprar casas e viverem nesses projectos de forma condigna.

Disse que os esforços do Estado no domínio habitacional contam com o concurso da iniciativa pública e privada, nomeadamente para o loteamento urbano e auto-construção dirigida, que exigem maior envolvimento e desenvolvimento da indústria de materiais de construção.

Referiu que com estes projectos habitacionais é possível melhorar significativamente as condições de habitabilidade, educação, assistência médica, cultura, ambiente e saneamento básico, bem como de desenvolvimento da economia local e atingir resultados que visem a melhoria dos padrões de vida.

Reconheceu, por outro lado, que a experiência obtida das centralidades do Kilamba, Sequele e da urbanização Nova Vida revela insuficiências que urge ultrapassar ou corrigir.

"A experiência mostra que mais complexo do que construir é muitas vezes manter a qualidade e as condições de habitabilidade aceitável das cidades e centralidades", acrescentou o ministro.

Afirmou que os cidadãos moradores das centralidades ou cidades querem um serviço administrativo moderno, acessível, célere e próximo, bem gerida e com uma prestação de serviço adequada nas áreas da educação, saúde e assistência médica.