Luanda - O rapper e activista cívico, Carbono Casimiro, foi apanhado de surpresa nesta Segunda-feira, quando soube que agentes da polícia angolana estavam em sua casa a recolher todo o material informático que lhe pertencia.

Fonte: VOA

Carbono, que afirmou à Voz da América estar afastado das lides do activismo cívico por questões pessoais, considerou tratar-se de um abuso de autoridade, pois até ao momento da entrevista já a busca tinha decorrido mas não lhe tinha chegado qualquer notificação a justificar a mesma.

Em exclusivo à VOA, o rapper e também técnico informático disse que a polícia "está a perder completamente o juízo".

Qual foi o meu flagrante delito?


Questionado sobre se teme pela sua liberdade, as suas palavras foram claras: "Conheço bem a polícia que temos, carrascos, carniceiros, mas não vou fugir de ninguém, não fiz nada, não tenho medo".

"São carniceiros que só querem matar"

A busca à residência de Dionísio Gonçalves Casimiro, conhecido por Carbono Casimiro, decorreu dois dias depois da detenção de 13 activistas, entre eles Luaty Beirão, Nito Alves e Mbamza Hamza, apanhados naquilo a que as autoridades consideraram flagrante delito, numa reunião num bairro de Luanda.

Os activistas continuam detidos.

Alguns minutos após a entrevista com a VOA, Carbono publicou no seu Facebook o mandado de revista à sua residência (ver imagem abaixo)