Luanda - “E sucedeu que, assim que Jeorão viu a Jeú, disse imediatamente; “Há paz Jeú?” Mas ele respondeu; “Que paz pode haver enquanto há as fornicações de Jezabel tua Mãe e as suas muitas feiticeiras?” 2 Reis 9:22

Fonte: Club-k.net

O momento de união

Há momentos que, a Pátria esta (devia estar) acima de qualquer outro interesse. A defesa inalienável dos interesses do povo deveria ser a prioridade das prioridades, o bem­estar do homem, a defesa da vida o objectivo primário e final dos que se dizem ser “guias” espiritual, social, político do povo.

Neste particular “estado de coisas” que “estamos com ele”, o Pais, o povo encurralado como que num ‘beco sem saída’ literalmente entre a vida e a morte, “esfolados dum lado para o outro, como ovelhas sem pastor” ė absolutamente criminoso o silêncio dos partidos políticos, da classe eclesiástica e de toda a sociedade. Cerca de 16 jovens, têm as vidas em perigo, estão injustamente nas masmorras... o regime esta “apressadamente a abarrotar as cadeias de jovens” cujo único crime, ė pretenderem o bem­estar das populações... o FIM da tirania da corrupta cleptocracia.

Os partidos políticos, insistem em fazerem uma “oposição de caserna” com longos e comoventes discursos na ‘caserna’ (parlamento), passeios de charme no exterior, que esta mais do que visto; NÃO FUNCIONA!.. Compreendo as reticências dos dirigentes dos partidos da oposição, com principal realce da UNITA, temerem o regresso ao confronto militar isto ė, a guerra que muito ‘facilitaria’ a vida do MPLA, para pavimentarem o regresso definitivo e oficial ao regime do partido único. Mas até quando? Aconteceu o massacre do monte sumi, agora a injusta prisão dos jovens... qual tem que ser o motivo para agirem em definitivo?

As igrejas os que se perfilham ser os “guias espirituais”, remetem­se de igual modo ao silêncio medroso, fazem a risível política de poltrona, temem “cutucar a onça” que lhes alimenta o ‘corpo $ a alma’, com discursos fúnebres, penantes e incolores de uma certa imparcialidade (o silêncio ė parcial), que estão longe de sentirem, quando muitos dos seus líderes são vistos a ostentarem inexplicáveis sinais de enriquecimento adúltero e

promiscuo. A classe eclesiástica (antitípico Jeú), com os olhos posto nas volumosas contas bancárias – que querem mais ‘gordas ­, temem responderem com destemor e franqueza, a pergunta da hodierna classe de Jeorão (JES e pares) “Há paz?..” A classe eclesiástica, deveriam responder sem hesitação; “Que paz pode haver enquanto há as fornicações de Jezabel tua Mãe (MPLA) e as suas muitas feiticeiras? (corruptos políticos de todos os escalões e cores partidárias). ”

Os intelectuais ou a sociedade, murmuram baixinho olhando com muito receio de esguelha os arredores, ateando a esfarrapada desculpa; “ė­pá, tenho filhos a alimentar”... quais filhos, se os filhos dos vizinhos, do próximo, estão a ser encarcerados, desancados, mortos por simplesmente pensarem diferente do MPLA? Com o pescoço a ‘brotar’ do colarinho branco entre aspas, fingem “não verem, não ouvirem” o tormento do povo! Fingem não ‘verem’ que, enquanto existir a política homicida da perversa Jezabel, não haverá ‘futuro’ para os seus filhos, que dizem proteger com o seu cobarde silêncio.

Este ė o preciso momento que as maiores agremiações políticas; UNITA & CASA­CE, deveriam sim, esquecerem as diferenças sejam elas quais forem, unirem esforços para o estabelecimento de uma plataforma politica com o único fim; RETIRAR O MPLA DO PODER. Quanto as teias da “governação” deveria estar no segundo plano, porque tenho compreendido que esta ė a principal divergência... O que me entristece! “A meta deles parece ser unicamente a cadeira de JES”.

Esta sobejamente provada, o MPLA­JES nunca vai ser derrotado pela via eleitoral. O MPLA­JES já testou até a exaustão a patética “cobardia” da sociedade, neste momento passaram a fase mais perigosa, da sua impunidade... A chamada comunidade internacional, esta cega, obscenamente obcecada pelo petróleo (o maná) que brota do solo, o resultado da desgovernação ė extremamente benéfico, para os seus países (em crise) que são os receptores dos bilhões de USD desviados do erário público, enquanto durar a crise financeira mundial, o ISIS e a confrontação ocidente vs. Rússia/China, estão se marimbando que o MPLA­JES atire o pais inteiro, para a “Cucuía” ruina ou para a idade da pedra, ainda que ‘isto’ custe a vida de centenas de milhares de angolanos.

 

Portanto quando a oposição fazem ‘romaria’ no exterior, pranteando das arbitrariedades e outras barbaridades corruptivas da Jezabel (MPLA­JES), isto soa como música agradável para os seus “ouvidos”, prometem hipocritamente ‘emprestarem’ uma certa solidariedade, dão umas tapinhas nas costas dos “queixosos” e nada mais!.. Quando vamos, ‘aprender’ que a mudança da “nossa casa”, somos nós que temos que faze­la e não os “outros”?

O surgimento da CASA­CE no cenário político angolano, beneficiou sobremaneira o MPLA­JES. Retirou uma camada substancial de militantes da UNITA, retalhou a oposição enfraquecendo­a. Produziram o movimento oposto da união... Como fica o ditado; “a união faz a força?”

Quando a CASA­CE, surgiu no cenário político nacional, todos pensamos que iria enfim, impulsionar uma outra forma de estar na política a oposição ao regime, Todos pensamos que, com o surgimento da CASA­CE, JES tinha os “dias contados” a revolução árabe primaveril “chegara enfim a Angola”, tais foram as promessas de Abel Chivukuvuku e o general Miau...

Ledo engano!

Então, porque e para que, foi a cisão? Não tenho outro remedio, senão concluir que o único objectivo, foi o “enfraquecer da UNITA”... E esta visto; o MPLA­JES agradece(u) de pé.

“Desde o menor até mesmo ao maior deles, cada um obtém para si um lucro injusto e desde o profeta até mesmo ao sacerdote, cada um age de modo falso. E tentam sarar superficialmente o sofrimento do meu povo, dizendo: Há paz! Quando não há paz!”. ­ Jeremias 6:14

Nguituka Salomão