Luanda - As bactérias têm instalado pânico e desordem na saúde dos humanos; contagiando com a sua agressão a felicidade que domina a atmosfera dos humanos, transformando o meio ambiente num vale de desordens mórbidas. Febres, dores dos dentes, dores do estômago, dores de cabeça, enjoos, vómitos, desarranjos intestinais, tosse, espirros, comandam a marcha da arquitectura física dos citadinos enfermos, todavia, a opção de ter o encontro com o médico, como factor condition cine qua non para pôr em termo o mar de desavenças mórbidas que apontam o ente humano aos caminhos das enfermidades, foi colocada numa esfera alheia, a mercê de uma opção negada, encontrando – se no avesso da aceitação, nessa onda obscura, comprar um remédio, tornou – se a opção mais correcta e mais rápida. Basta ir à farmácia, escolher o medicamento e pagar.

Fonte: Club-k.net

A automedicação, é um fenómeno mediante o qual, ocorre a ingestão de um fármaco sem antes merecer uma assistência médica dirigida para tal fim, ou seja é o processo que veicula a ingestão de medicamentos sem receita médica.

A automedicação é um presente envenenado, se por um lado alivia a dor ou o problema vivido, por outro lado pode acarretar desordens complexas, ou agravar ainda mais o quadro clínico do utente. A morte há muito que tem vindo consumir vidas de inúmeros enfermos, em virtude dos quais acorrerem aos hospitais de forma muito tardia, em momentos terminais onde a esperança reside no segredo de Deus, numa altura em que já foram automedicados uma gama de fármacos.

 

A automedicação pode até permitir ao utente fazer face as desordens de saúde que assolam - lhe, consequentemente, a automedicação é uma faca de dois gumes, que tanto pressupõe salvar quanto pressupões prejudicar o usuário.

 

A automedicação, leva o utente a pagar um preço muito caro pela renitência das doenças. O Angolano acarreta um hábito longíquo de tomar medicamentos sem que haja a prévia consulta médica, por qualquer que seja o especialista, aos nossos dias colocaram a ida ao médico em segundo plano, colocando a automedicação como o modelo primeiro no combate às enfermidades que lhes assolam, todavia, as enfermidades vão se fortalecendo de forma progressiva.

 

No entanto, o problema mais grave se encontra naqueles que não medem o efeito farmacológico dos medicamentos, chegando a comprar medicamentos caros e super potentes para o tratamento dos males que os afrontam, não obstante, caso a enfermidade não sarar coloca – lo – á numa esquina sem saída, uma vez que, o medicamento usado a prior seria o último recurso em caso de resistência bacteriana.

 

Nem os profissionais de saúde escapam da atitude errada de se automedicar. Justamente quem tem conhecimento sobre os efeitos colaterais de um medicamento acaba extrapolando.

 

Há que ter sempre em consciência que, um medicamento pode ser: um fármaco, um remédio, uma droga, um veneno; todas essas propriedades químicas revestem os fármacos, na ingestão destes podem ocorrer situações de extrema gravidade que perturbem a vida e a saúde de quem faz o uso.

 

É necessário salientar que, quando se automedica pode – se por um lado decapitar os sintomas oriundos de uma determinada patologia, todavia, pode – se inaugurar no organismo uma resistência microbiana, uma vez que não é capaz de automedicar - se as dose precisas para os efeitos desejados ao combate de tal fenómeno patológico, neste prisma, a automedicação catapulta os utentes aos lençóis do equívoco fraudulento, dando abertura à penetração do mar de enfermidades que chacoteiam – lhe a saúde, ofuscando o percurso da vida e a sua integridade salutar no seu todo.

 

Actualmente, inúmeras bactérias tornaram – se resistentes a invasão farmacológica, pelo facto da automedicação estar revestida do uso de fármacos superpotentes que somente causam a adaptabilidade das bactérias uma vez mal medicado, e mal usado, perdendo a resposta microbiológica, tais fármacos tornam – se obsoletos, todavia, deixando o usuário sem hipótese de salvaguarda de sua saúde quando atacado por microrganismos ferozes e resistentes a certos fármacos, restando a sorte divina, para ilustrar ao médico o caminho por se definir sobre a vida que resta ao paciente automedicado.

Para que se faça administração de fármacos é necessário o conhecimento de inúmeras áreas do saber médico, desde a farmacologia, a patologia, a semiologia médica, a fisiopatologia, assim como o conhecimento dos ramos médicos como a medicina interna; a obstetrícia, a pediatria, a cirurgia, a oftalmologia, a dermatologia, a ortopedia, e demais áreas. Por exemplo, a abordagem que se faz a uma doente grávida ou a uma criança, não é a mesma que se deve fazer a um paciente normal, todavia, a ausência destas bases de conhecimento clínico resultará num agravo pertinente da saúde do enfermo, uma vez que quem faz a automedicação talvez não saiba o mecanismo de acção do fármaco, e os seus efeitos colaterais, por outro as doses terapêuticas ideais a cada patologia, o que pode resultar em grande escala é a reacção de hipersensibilidade (alergia) a doentes que sejam sensíveis a certos fármacos que de então, os automedicadores desconhecem destes mecanismos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, a automedicação induz a resistência microbiana, a taquilafixia ou dessensibilização, as vezes se pensa que ao tratarmos um fenómeno mórbido automedicado seremos capazes de dar solução aos problemas que assolam a saúde, antes pelo contrário, isto não será muitas das vezes possível, um exemplo claro é o caso de fazer a ingestão de analgésico de forma irónica para combater uma enfermidade bacteriana, julgando que os analgésicos tratam, antes pelo contrário vai se agravando o estado mórbido do doente até a um nível caótico com falência múltipla de órgãos.

 

Um outro caso que se dá, é a questão da automedicação em grávidas, esta atitude pode ser um erro trágico, uma vez que os automedicadores não sabem os efeitos farmacológicos, dos quais pode resultar abortos e efeito teratogénicos irreversíveis. Outro caso é quando se automedica uma criança ou um velho, a automedicação a uma criança ou a um velho pode resultar na deterioração celular ou histológica, uma vez que as células dos velhos e das crianças são frágeis susceptíveis de lesão a altas doses de fármacos.

 

Um outro fenómeno no qual se pode expressar o nosso exemplo, se contempla em pacientes portadores de asma brônquica, nestes utentes, de forma viciosa se usa uma bomba de broncodilatadores, todavia, se talvez o mesmo for vítima de uma dor de estômago, alguns doentes não hesitarão em se automedicar, de então poderão ingerir um fármaco que alivia a dor do estômago sem sequer saber as propriedades farmacológicas do fármaco, nesta optica, poderão ingerir um comprimido de ranitidina para impedir a secreção ácida, redondamente, a ranitidina e alguns broncodilatadores não podem ser administrados ao mesmo tempo, uma vez que exercem competição a nível dos receptores, um vai bloquear o efeito do outro por competição, o melhor seria o inibidor da bomba de protões.

 

Se pode salientar que a automedicação é viciosa e degradante, levando ao utente a um risco inevitável de falência do seu organismo como um todo, diante de qualquer mal que sitia a saúde do cidadão o melhor caminho a seguir é a ida ao médico.