Luanda - O auto-denominado Movimento Revolucionário diz existir um grupo afecto ao SINSE (Serviço de Inteligência e Segurança do Estado) e do ministério do Interior, que pretende fabricar provas, paras incriminar os jovens manifestantes acusados de tentativa de golpe de estado, segundo António Kissanga Beman, membro do movimento. Os documentos serão introduzidos nos meios informáticos dos chamados revús, encarcerados desde a passada Sexta-feira, na cadeia de Kalomboloca, ao município de Icolo e Bengo.

Fonte: Unitaangola.com

A informação foi transmitida na última segunda-feira, através de uma nota de imprensa. Enquanto isso, Fernando Baptista pai de Nito Alves, um dos membros activos do movimento que contesta as políticas públicas do presidente da república José Eduardo dos Santos, mostra-se indignados com o serviço dos agentes de segurança que mantêm os jovens detidos, e considera injusta a detenção do seu filho.

Na nota de imprensa, lida por António Kissanga Beman, confirma que o Serviço de Inteligência e Segurança Militar, em colaboração com a Brigada Electrónica do Ministério do Interior, têm vindo a forjar provas para incriminar os catorze jovens detidos.

Segundo a nota publicada, o objectivo do serviço levado a cabo pelos agentes, é de inserir matérias nos discos amovíveis e computadores dos activistas detidos, para que haja prova crime.

“O Serviço de Inteligência e Segurança Militar, com a Brigada Electrónica do Ministério do Interior, tem vindo a forjar provas, para incriminar os catorze jovens detidos, com um dos seus amigos, desde o dia 20 do corrente mês.

O objectivo desses órgãos é de incidir matérias nos discos amovíveis e computadores dos activistas que encontram-se detidos, para que haja prova crime”.

A nota publicada na comunicação social, assegura que existe por parte dos serviços de inteligência, pertenço de infiltrar nas actividades dos jovens, agentes secretos, para que nas manifestações dos jovens, os respectivos agentes possam alvejar contra efectivos da Polícia Nacional, com o fim de acusar os jovens de rebeldes.

“Temos informações que os órgãos do estado, estão à espera da nossa reacção na base da acção que os mesmos estão vindo a criar. Querem infiltrar nas nossas actividades agentes dos serviços secretos, para que nas nossas manifestações, os mesmos possam alvejar contra os agentes da Polícia Nacional de Angola, para nos acusarem de rebeldes ou terroristas. Lamentamos pelo facto, para um país que se diz ser democrático e de direito, é lamentável saber que existem violações dos direitos humanos, como que existem em Angola”.

Segundo a nota, os jovens do auto-denominado Movimento Revolucionário, terão enviado as instituições do estado, uma carta em que pedem a demissão do presidente da república, José Eduardo dos Santos, e que, segundo a nota, na carta não contém nenhuma inconstitucionalidade.

“Demos 72 horas ao procurador-geral da república e ao ministro do interior, para que nos apresentem a carta que o Conselho Nacional dos Activistas de Angola, enviou as instituições do estado, a pedir a demissão do presidente José Eduardo dos Santos, para que o povo esteja consciente e analise se existe alguma inconstitucionalidade”, conclui a nota.