Luanda – No seguimento dos acontecimentos ocorridos no Huambo, que designa pelo nome “caso Kalupeteka”, a associação Mãos Livres vem através da presente informar que uma equipa de 4 (quatro) advogados liderado pelo Dr. David Mendes que tinha pretensão “in situ” obter alguns detalhes tidos como importantes para o processo em defesa de Julião Kalupeteka e seus seguidores foi impedido de alcançar o seu objectivo.

Área territorial dentro da qual se ocorreu os acontecimentos do caso “Kalupeteka” passou a ser zona militarizada impedindo assim a entrada no monte sumi da equipa de advogados de realizar seus trabalhos,a pretexto de não receberem autorização das autoridades do Município da Caála.

No estrito cumprimento legal a equipa de advogados empenhou-se em contactar as autoridades da Caála como resultado obtiveram apenas resposta o “silêncio”.

Como havíamos levantado clamor em sinal de protesto na nota anterior, José Julino Kalupeteka contínua incomunicável ou seja, isolado numa cadeia de alta segurança sem o contacto com o mundo exterior (não tem acesso a rádio, televisão, jornais e nem sequer sustenta determinada posição ou no gozo de algum direito, como por exemplo visita dos seus familiares).

Associação Mãos Livres apela ao governo de Angola a implementar todas as recomendações da Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, em especial as observações feitas sobre a tortura e as condições nas prisões.

Luanda, aos 25 de Junho de 2015

O Presidente
Dr. Salvador Freire dos Santos