Luanda - O deputado do MPLA, João Pinto, considerou “argumento de vitimização e radicalismo” as acusações do líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku segundo as quais o partido dos “camaradas” estaria a planear um estratagema para o assassinar. João Pinto disse não ter sido com estranheza que recebeu tais insinuações por considerar que esta coligação partidária “há muito que perdeu o norte”, devido às suas goradas aspirações durante o último pleito.

Fonte: O País

O deputado do MPLA qualifica as afirmações do líder da CASA-CE como sendo “gravíssimas” porquanto estarem, afirma, “desprovidas de qualquer sentido patriótico, lógica e que não assenta em provas que as justifiquem”. “O próprio Abel Chivukuvuku há muito que anda a necessitar de se retratar. Já perdeu credibilidade há muito anos, desde 1992, quando levaram o país a ruína. Esta prática de tentar fabricar factos políticos é antiga”, disse.

O parlamentar dos “camaradas” considerou também que a afirmação de Chivukuvuku não passa de mais uma “manobra politica” tendente a criar factos políticos, sustentando que ele e a sua Coligação, estão sem quaisquer argumentos a dar a população depois das promessas feitas ao eleitorado e que não foram cumpridas.

“As birras, violação da lei, desacreditação de Instituições do Estado, e anarquia na Assembleia Nacional” são alguns dos pontos que o deputado do MPLA aponta como tendo sido o mote da desacreditação da CASA-CE por parte da população angolana e pela Comunidade Internacional.

João Pinto finalizou considerando o líder da terceira força politica do país como sendo “um adversário a não levar em linha de conta, em virtude de se fazer de democrata, mas que, segundo afirma, “já demostrou que não se libertou das atitudes do tempo de conflito armado”. O presidente da Casa-CE proferiu tais acusações contra o MPLA durante uma visita de campo que realizou no passado Sábado em algumas localidades do municípuio de Belas.

Ele disse existir uma estratégia para o eliminar fisicamente, em conjunto com outras figuras políticas que incomodam o MPLA e o seu Governo. Depois de caminhar horas a fio, por “becos” do Benfica, a Sul de Luanda, neste Sábado, 18, no cumprimento de mais uma jornada denominada “setesete”, Abel Chuvukuvuku denunciou que o aludido plano para o matar fora urdido no dia 11 de Julho durante uma reunião entre dirigentes do MPLA e da Segurança do Estado.

“Decidiram que, como o Abel Chivukuvuku anda muito com o povo, Abel Chivukuvuku, no calor de uma das varias actividades de campo no âmbito das jornadas sete-sete Governador da Lunda-Norte não está com meias medidas vamos já o lixar, vamos lhe dar. Eu não tenho medo porque o povo é meu e eu sou do povo”, desafiou o político, sem ter citado nomes, embora tenha apontado como informantes “alguns participantes” da aludida reunião.

“Em 1998, quando foram dar tiro em minha casa, eu não me intimidei. Eu não tenho medo porquê o povo são os nossos irmãos e os nossos companheiros”, disse.