Luanda - O comandante da Polícia Nacional em Luanda, comissário António Maria Sita (na foto), informou-nos hoje que os jovens que foram detidos ontem, na seqüência de uma manifestação reprimida, que exigiam a liberdade dos presos políticos, tiveram sido postos em liberdade e acompanhados até a residência de um dos activistas identificado como Sekele, no município de Viana, Km 30.

Fonte: Drowski

Após constatações, Sita retornou a chamada afirmando que o nome do activista não era Sekele mas sim Paposseco, que também foi detido com Adolfo Campos, Laurinda Manuel Gouveia, RaúlLindo Mandela, Adão Bunga (McLife), Feridão, Mário Sebastião, Kika, Delegado, e Valdemiro Piedade, próximo do Cine Atlântico, na Vila Alice.

O comandante da Polícia de Luanda reiterou que os activistas foram deixados na residência do Paposseco mas que decididesligar os telemóveis e permanecerem no local com o objectivo de causar factos políticos.

Por parte de Sita, houve ameaças de que se os jovens persistissem em se esconder para criar factos políticos, a polícia voltaria ao local para lhes prender e acusar de actos criminosos.

O facto é que os jovens detidos ontem, quando eram aproximadamente 17 horas, foram levados para as matas de Kabala, na província do Bengo, onde foram abandonados hoje quando eram quase 20 horas.

Tão logo foram libertos, Adolfo Campos manteve contacto telefônico com algumas pessoas e neste momento o grupo está à caminho de Luanda.

Não entendemos as razões que levaram o comandante António Maria Sita a difundir tais informações falsas e caluniosas, e que objectivo pretendia atingir.

Sita difundiu a mesma informação inclusive à alguns jornalistas.

O regime angolano está a tentar à todo custo inverter contra os jovens activistas cívicos, a culpa pelas violações dos direitos humanos e da Constituição de Angola, ocorrida ontem no Largo da Independência, em Luanda.