Luanda - É de conhecimento geral que o presidente Angolano José Eduardo dos Santos governa o País a distancia, partindo do princípio que  não é um líder de massas.  Melhor, não é um governante popular.  Estudos científicos em política define que um Presidente/ Ministro apesar de admnistrar o executivo do governo no poder não quer dizer que zela pela  nação no seu sentido lato.


Fonte: Club-k.net

Quando um líder pensa que é a única pessoa que pode manter unida sua nação, "isso significa que falhou"

Daniel Nsanda um dos analistas neste portal alertou que em Angola defender José  Eduardo é uma disciplina académica. Com base desta denúncia faremos uma retrospectiva científica para suportar a tese em análise tendo como premissas básicas os últimos acidentes sociais em Angola na qual são de responsabilidade directa de José Eduardo dos Santos.


A política de governação de José Eduardo dos Santos incentivou para a criação de elites e subgrupos sociais em Angola visivelmente condenáveis em políticas progressistas. A saber que a longevidade que um leader no poder destrói automaticamente o funcionamento de outros sectores. A saber, monotonia e ética são os princípios que destroem todos outros sectores administrativos de um governo vitalício. Por exemplo, a constituição na maioria dos casos são adaptados. Consequentemente, todas as leis de governação são delineadas de acordo com os interesses do líder.


Um dos exemplos mas recentes e marcantes na historia Angolana, foi a ratificação /adulteração da constituição nacional na qual o sistema eleitoral Presidencial foi adaptado para um modelo Atípico que engloba aspectos de um sistema ministerial e ao mesmo tempo presidencial. O modelo atípico como é de conhecimento geral em Angola consagra legalmente poderes ao presidente que o permite escolher os responsáveis chaves do país dentre eles o líder da justiça e ao mesmo tempo com o veto especial para decidir sobre aqueles assuntos não transcritos ou omitidos na constituição em vigor.


É assim, que todos as recentes ocorrências em Angola são de responsabilidades do actual presidente porque a constituição por ele ratificada o ortega poderes acrescidos. E para a realização efectiva deste colossal de poderes e responsabilidades o presidente baseia-se dos os seus satélites ou homens de campos que o informam sobre todas as diversas ocorrências em Angola e executam os seus planos de acção. É aqui onde reside a falha e distanciamento entre o presidente e a população. Com este modelo o Presidente regula o país com indicadores inseridos em relatórios obscuros e sem evidencias concretas.


Portanto, os consultores e conselheiros das diversas áreas do presidente aproveitam-se deste modelo para valorizar e engrandecer a importância das suas funções  junto do Presidente e ao mesmo tempo criar um elo de ligação especial com o presidente com fins ocultos.


A título de exemplo foi o assassinato de Cassule e Kamulingue. O Caso Kalupeteka e o alegado golpe de estado.  Estas ocorrências só atingiram pontos precipitados como consequência dos poderes acrescidos que José Eduardo Dos Santos consagrou a estas comissões de trabalho que sem uma investigação responsável e cautelosa apresentam conclusões sem fundamentos porque sabem que a justiça os protegerá desde que alagam que estavam ao serviço de ordens superiores.


É desde modelo de governação à distancia que coloca o PR desconectado com a realidade  nacional. E prova disso, dos três casos acima citados o PR pronunciou-se sem ter bases para sustentar a sua tese. Quanto as últimas detenções o PR fez uma correlação com o infausto fraccionismo do 27 de Maio de 1977 enquanto que sobre o caso Kalupeteka afirmará que não podemos permitir que a religião seja usada para por em perigo a paz conquistada com muito sacrifício. Sobre  Cassule e Kamulingue  silenciosamente fez referência que a os medias sociais estavam a fabricar informações e que em Angola as manifestações são permitidas pelo governo sem quaisquer perseguição. Dos três pronunciamentos o PR falhou redondamente porque as conclusões finais contrariaram a versão do presidente.


A falta de interligação directa entre o PR e as massas é o real problema do actual presidente. O modelo de preferência na qual delega as responsabilidades e sem um mecanismo de acompanhamento oportuno. Nesta era revolucionaria da comunicação via internet se exige uma interacção oportuna e directa entre políticos e população.


E falando das falhas é oportuno mencionar também a análise do presidente Americano sobre os lideres africanos que disse o seguinte “Quando um líder pensa que é a única pessoa que pode manter unida sua nação, "isso significa que falhou".


Basta ver que no seio do MPLA os militantes não existe alternativas de encontrar a curto prazo um outro líder. E sempre que se menciona em alternativas e eleições no seio dos camaradas gera uma preocupação interna imaginável. Tudo isto, é resultado de um modelo de governação sem bases científicas que JES se apegou nos últimos 36 anos para governar porque nunca pensou em abandonar a presidência.


Basta ver que JES é o mais antigo do seu governo e existem ministros que já passaram por quase todos os ministérios. JES é descrito internamente como um líder que não é apologista a ideias contrárias ou tão pouco suporte debates exaustivos sobre um determinado assunto. É assim, que JES criou um mundo de governação solitário aonde os próprios membros do governo desconhecem os reais planos estratégicos do partido e do governo quer a curto ou longo prazo. Em suma JES é o visionário que traça os planos globais do partido e do governo sem consultação de outras ideias. Porem é cauteloso ao seleccionar os executores para cada projecto.


Como consequência desta governação singular os seus seguidores mas afincados dedicam-se a transmitir o mito de que JES é um génio em administração e persona perfeita. Deste modelo, o actual PR estagna a confrontação de ideias no seio do partido. É assim, que surgem académicos especializados e instruídos com o propósito de persuadir a população que estamos perante o génio africano de todos os tempos.


Por exemplo, sempre que é  inaugurado um poço/chafariz  de água em qualquer município algures em Angola o administrador do referido projecto atribui este feito ao Presidente da Republica admitindo que foi graças a visão do Presidente. E este pensamento é verificado em todas as áreas do governo na qual os governantes assumem indirectamente que são incapazes de concretizar um simples projecto sem orientações de JES.


Como se diz em política os “spin doctors” a favor de JES transformam os erros do presidente em virtudes como foi o caso de  Cassule e Kamulingue propagaram a mensagem de que não foi de responsabilidade do presidente e que a oposição queria atribuir esta responsabilidade ao PR com o intuito de  tirar proveitos políticos.  E como é sabido o slogan “ defender a paz” é usado fora do contexto para justificar todas as acções complexas do governo e automaticamente espalhando o estigma e medo no seio da população de que a saída do PR do poder implicaria o regresso  a guerra.


A tese advogada pelo MPLA de que José Eduardo dos Santos ser o único líder em Angola capaz de manter a nação unida e estável foi considerada como uma “falha” na governação segundo o presidente Americano Barack Obama quando se pronunciava para os lideres africanos que recusam-se em abandonar o poder depois de longos anos na liderança do país alegando que não existe ninguém em altura para manter a nação unida.


E para terminar, é oportuno reiterar que não existe no seio do MPLA um possível candidato convicto e capaz para susbstituir o actual presidente e consequentemente evidencia a falta de alternativas caso este partido vença as próximas eleições.