Luanda - A história humana é sustentada por leis acessíveis à razão humana, exatamente como mundo físico. Este princípio remete­nos ao respeito pelo jogo limpo que se deve fazer por parte dos partidos da oposição quando a questão baseia­ se num método cujos pilares são, a promoção e a preservação da Paz, a Reconciliação da Unidade Nacional por um lado, a promoção da cultura do diálogo, do respeito as instituições e da vida privada das pessoas.

Fonte: Club-k.net

Em quanto se multiplicam as descrenças, o recurso ao esfalfado argumento da fraude, de um pleito eleitoral que ainda não se efetuou por parte da oposição, o MPLA se desdobra em atividades de campo para conquistar se calhar o eleitor indeciso para o pleito que se avizinha.

Fazendo a hipotética avaliação da prestação dos partidos da oposição e se as eleições fossem realizadas hoje? Todavia, teríamos resultados lastimáveis, correndo mesmo o risco de não fazer parte do próximo pleito eleitoral, depois do dia seguinte das próximas eleições, a julgar pelo seu desempenho atual com clivagens a mistura e ora (revús) mas não bastará chorar pelo leite derramado que não conseguira conservar. Assistiremos uma autêntica encenação política onde os resultados provavelmente serão contestados à moda antiga de ter havido fraude eleitoral. Será que há peito para acomodar tantas lamúrias de quem não soube se preparar para o jogo? Ou teremos tanta vontade de querer acreditar que o voto só se ganha com a fraude? O que seria se elas fossem ganhas pela oposição? Teríamos um MPLA deseducado a insinuar fraudes eleitorais? Ou Um Raúl Danda, Chivukuvuku e quiçá os senhores  David Mendes e Justino Pinto de Andrade civilizados a aclamar euforicamente e a dar ao mundo uma lição de bons democratas?

 Tal postura indica má­fé, a exemplo de um macaco escondido com o rabo de fora ou está receoso pela derrota, anunciando uma sistémica incapacidade de produzir alternância política em Angola.

Ora assistimos a oposição a atirar­se contra o seu direto contendor político, ora acusa­o disto e daquilo na tentativa de querer tirar partido acabando por pisar a linha vermelha da lei que ela não sabe respeitar. O partido no poder acostumou­nos a preservar a Paz e a unidade nacional, a consolidação do Estado democrático de direito, reforçar os princípios da transparência, da boa governação a todos os níveis e dar credibilidade às instituições estatais.

Nos dias que antecederam as pretensas manifes, voltamos a dançar a mesma música desta vez, Jesuíno Silva, 2o Secretário do MPLA de Luanda, não foi poupado pela oposição opaca chegando mesmo de acusá­lo de dar ordens para espancar o jovem Joaquim Lutambi quadro da ala juvenil do Bloco democrático como se de sua profissão se tratasse.

O MPLA pode pensar como os primitivos, e nada, em princípio impede a oposição de pensar como o MPLA, na condição de que ela progrida no entendimento.

Num quadro totalmente diferente onde só ganha as eleições quem tiver bem arrumada a casa, o MPLA leva a água ao seu moinho uma vez que as circunstâncias vão jogando a seu favor. O desafio maior para a oposição passa pelo aprofundamento da sua democratização interna, que é a renovação do seu topo, pois a atual compostura ou figurino não consegue travar a hegemonia do MPLA e do carisma que seu líder José Eduardo dos Santos goza pelo povo.

Talvez, daí a razão da oposição virar o disco do jogo limpo para alimentar os protestos de rua com vista a saltar o poder democraticamente instituído esquecendo­se avia normal do voto como protótipo da sua aceitação popular.