Lisboa – Quadros do Comité de Especialidade dos Economistas do MPLA suspeitam que foram enganados pelo seu líder, Diógenes do Espírito Santo Oliveira, numa reunião que teve lugar na quarta-feira, 13, no comité provincial do MPLA de Luanda, que visou fazer apresentação do programa para o segundo semestre.

 Fonte: Club-k.net

As suspeitas tem a ver com o discurso do também deputado a Assembleia Nacional quando tentou transmitir aos mesmos sobre a existência de forças externas interessadas em derrubar o Presidente José Eduardo dos Santos.

Diógenes Oliveira transmitiu que em 2011, os jovens que realizam manifestações contra o longo consulado do Presidente queriam chegar ao palácio presidencial, mas foram travados  violentamente por um grupo de militantes do MPLA (milícias?).

Diógenes de Oliveira prosseguiu dizendo que no dia seguinte do incidente, a imprensa estrangeira divulgou o sucedido e depois de 72 horas havia porta-aviões a se aproximarem da costa angolana, para invadir o país, mas estes foram repelidos por JES que mobilizou o país realizando uma marcha, onde os militantes gritavam “nos queremos a paz”.

Os militantes, segundo apurações, na sua maioria intelectuais e informados, sentiram-se que o seu primeiro-secretário estava a faltar com a verdade, ou melhor, os quis amedrontar, uma vez que nunca houve registo de que a costa angolana estivesse  perto de ser invadida por porta-aviões do ocidente, para derrubar o Presidente JES, a semelhança do que aconteceu na Líbia do ditador Kadaffi.

De realçar que, esta não é a primeira vez que dirigentes do MPLA transmitem discursos irreais aos seus militantes, como forma de incutir medo. Em Junho passado, numa reunião que visou esclarecer a ocorrência de um suposto "Golpe de Estado", os militantes foram incutidos que 15 jovens “golpistas” iriam aproveitar a vinda do Presidente francês a Luanda para colocar pneus com fogo nas ruas da cidade  capital, partindo do aeroporto até ao hotel onde este estadista estrangeiro  estaria para de seguida tomarem o país. O  MPLA não  explicou, aos militantes, onde os jovens iriam encontrar tantos pneus para pôr fogo e como iria colocar numa cidade tão policiada como Luanda.