Luanda - O acordo colectivo de trabalho e a afixação de um salário mínimo nas empresas públicas e privadas da Comunicação Social são as principais linhas de força do jornalista do Jornal de Angola, Teixeira Cândido, um dos candidatos ao cargo de secretário- geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), cujo congresso está aprazado para Setembro próximo.

Fonte: Angop

Numa conferência de imprensa realizada nesta terça-feira, em Luanda, Teixeira Cândido, que concorre para a continuidade, já que foi secretário-geral adjunto no mandato prestes a terminar, informou que a sua campanha decorrerá sob o lema “Sindicato és Tu”, justificando a escolha pelo facto de cada jornalista ser partícipe activo da agremiação associativa.

Disse que é uma luta iniciada há já longos anos, o alcance de um entendimento entre os presidentes dos Conselhos de Administração dos órgãos públicos, já consultados e sensibilizados a respeito, para o acordo colectivo de trabalho e a afixação de um salário que valorize a actividade jornalística no país.

Com as empresas privadas, referiu que caso venha a ser eleito, vai trabalhar com as suas direcções nesta mesma perspectiva e salvaguardando sempre a sua condição financeira, estudando em comum as melhores vias para se chegar a um entendimento que satisfaça as partes interessadas.

Disse que é de toda a justeza que, em função da realidade de cada um (estatal e privado), se estabeleça o salário mínimo que mais se ajuste a sua realidade, uma vez que, de acordo com a sua argumentação “ os mídia privados não gerem grandes lucros e seria injusto exigir, eventualmente, o mesmo valor” para todos os órgão de comunicação social.

Durante a conferência de imprensa, Teixeira Cândido sugeriu um novo modelo de sincronização no funcionamento do sindicato, para torná-lo mais funcional, exercendo cada órgão as suas atribuições, ou seja cada um a seu nível deve fazer o seu trabalho, referindo-se nomeadamente, a direcção central, aos núcleos e aos secretariados provinciais, convergindo para um objectivo comum: corresponder aos anseios da classe.

“ A porta do sindicato dever ser os núcleos e os secretariados provinciais” disse o candidato ao cargo de secretário-geral do SJA para quem a organização profissional não deve ser, de manira nenhuma, discriminatória para os membros da classe, defendendo a necessidade de se rever o actual estatuto, relativamente a algumas categorias que, do seu ponto de vista, deviam ser contempladas.

O renascimento do “Clube do Jornalista”, um espaço de interacção de jornalistas com governantes e outras pessoas de diversos estratos sociais faz também parte da agenda de Teixeira Cândido.

Secretaria-geral do SJA rejeita candidatar-se a sua própria sucessão

A secretária-geral cessante do SJA rejeitou nesta terça-feira recandidatar-se a sua própria sucessão. Ao falar à margem da apresentação do candidato ao SJA, Teixeira Cândido, Luísa Rogério disse não ter pretensão para voltar a liderar a referida organização.

Em relação aos candidatos a presidência do SJA, notou que, oficialmente, não está apoiar nenhum deles. “Nem sei se devo faze-lo, mas tenho o meu candidato preferido, por enquanto estou apreciar os programas porque estou disposta a contribuir para o bem da classe”, expressou.

Questionada sobre os preparativos do conclave, Luísa Rogério disse estão a decorrer normalmente, mas a grande preocupação prende-se com a questão financeira para a realização do mesmo. A secretaria cessante do sindicato declarou que já se estabeleceram quotas pré-regulamentares que são de cinco por cento dos membros de cada núcleo.

Fez saber que os membros que estão em situação regular são fundamentalmente os das empresas públicas nomeadamente RNA, TPA, Edições Novembro, ANGOP e alguns órgãos privados.

O conclave dos jornalistas vai acontecer em Setembro do corrente ano e, para tal, dois jornalistas apresentaram já as suas candidaturas, respectivamente Altino Matos e Teixeira Cândido, ambos do Jornal de Angola.