Luanda - Há um ditado que diz: “ A fé começa quando os olhos da carne já não capazes de ver”. Existem debates que nunca terão um final lógico, debates estes que seus temas estão sempre em constantes actualizações de linguagem e ideais porque tendo em conta as gerações vindouras, a toda hora surge um sábio, um eloquente e intelectual que desvirtualiza e/ou altera com suas razões o rumo da “verdade”. Mas também a “verdade”... será que ela existe mesmo? Em Filosofia diz‐se que tudo que tem nome existe.

Fonte: Club-k.net

No Cristianismo o centro da verdade é Jesus, o filho de Deus que veio nos salvar. “ Eu sou a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai se não por mim”. Esta para mim é a resposta da maioria dos “ Porquês”. Sempre que tiveres dúvidas leia Jo, 14‐6 e a dúvida se arrebatará ou és considerado um homem de pouca fé. Mas também devemos ter em consideração que nem tudo é religião só para salvaguardar aqueles que nem dão importância a isto. Para nos acalentar de algumas dúvidas que tenham a ver com o passado existem os nossos anciãos que por meio de provérbios e contos nos “aldrabam ou não” mas encontramos alguma moral no final de cada um deles, e os historiadores, aqueles que considero os maiores culpados disto tudo. Será que conhecem mesmo da história que nos nos contam, ou são simples narradores de factos já narrados pelos verdadeiros ou não narradores dos factos? Já que, como diz o ditado popular “Quem conta um conto aumenta sempre um ponto”, o que dizer do historiador dos dias de hoje que contam contos ocorridos há séculos? Quantos pontos devem ter aumentado? Se formos a contar os pontos vamos nos ver perante uma obra em Braile (Linguagem dos cegos) ... Com muitos pontos (risos).


Mas vamos lá, sobre o meu penúltimo artigo” Infidelidades e amores cataclísmicos” publicado aqui neste mesmo site, fui severamente apedrejado verbalmente pelos meus confrades dizendo que não tenho idade para falar de infidelidade quando a minha intenção era mormente em demonstrar que mulher/homem alheio traz azar, já diz o Levítico 20‐10. Quanto a este assunto gostaria de derramar algum vocábulo que poderão até achar engraçado. O casamento/matrimónio... quem inventou e porquê? Fruto de algumas pesquisas apercebi‐me que nos anos 1000 o casamento era uma mera troca de favores entre famílias, um ritual que não envolvia sentimentos amorosos a prior. Acredito que predominava mais o respeito entre os seres do que o “tal amor” hoje mais vulgarizado do que outra coisa. Esse sentimento de respeito pelo cônjuge deveria ser o mais compulsivo do que a mera atracção sexual que não predomina no relacionamento com a célebre frase matrimonial “até que a morte os separe”. Com a ambição sexual que domina o ser o mano e essa fome eterna pela satisfação do prazer carnal, a “morte” passa a ser aquele par de nádegas que cruza o nosso olhar ou o bolso endinheirado, que acaba por separar. Cá por mim quem inventou o casamento foi um indivíduo de baixa auto‐estima, solteiro maior que mal encontrou alguém que gostou dele casou e acasalou fazendo lei para os outros. E passou a ser regra.

Muito se fala e se lê sobre a atracção de pessoas do mesmo sexo. Há quem defenda ser normal invocando factos biológicos. Há quem considere repugnante. Segundo o livro que mais se lê em todo o mundo, a Bíblia, em Levítico 18, 22 : “Não dormirás com um homem como se dorme com uma mulher: É uma abominação;” “ Se um homem dormir com outro homem como se fosse com mulher ambos cometem uma abominação e serão punidos com pena de morte” Lev. 20, 13.

A busca incessante da satisfação dos prazeres carnais faz com que os seres humanos percam o foco para que foram feitos: a procriação em primeiro lugar. Se por acaso o homem veio do macaco, segundo a ciência, e de repente parou a evolução, acredito eu que muito em breve viveremos o mesmo acontecimento quando o prazer exacerbado der lugar a procriação para continuidade da espécie humana, simplesmente porque dois seres do mesmo sexo não procriam. Não estou aqui a tentar chamar a atenção as agentes da profissão mais antiga do mundo, a prostituição, mas simplesmente a buscar o que considero moral dentro dos padrões que nos foram transmitidos de geração para geração. Vivemos num mundo de pecado segundo as religiões e do crime segundo a jurisdição. Se vós tendes prazeres imorais, resguardem‐se dos olhos do mundo. Não precisa o mundo saber que possuis gostos diferentes da maioria. Até quando o projecto família engloba apenas os cuidados afectivos e educacionais transmitidos pelos progenitores ou não? Todo o sexo tem comportamentos inatos a sua característica. Não vamos por favor tentar distorcer as coisas em prol do nosso ego. Talvez as coisas acontecem assim porque fomos mal informados. Nem tudo para ser o que parece.


Mas ... E se quando morrermos, após a separação da alma do corpo físico, estivermos perante o guarda dos portões celestiais e na hora da sentença depois de apresentarmos o nosso currículo enquanto vivos de boa passagem pela terra, ele nos responder: “Não fui eu quem vos mandou agir assim na terra”!?. Se tivéssemos uma noção de como era depois da morte se calhar seria diferente. Mas... E se os amantes do mesmo sexo tiverem certos naquilo que fazem? E se a monogamia foi um erro reconhecido e aceite? E se a poliandria fosse aceite?

Ainda acredito que se calhar nem tudo é o que parece ser. Reflictamos!

Edson Nuno a.k.a Edy Lobo, Licenciado em Língua e Literatura Inglesa