Luanda - A Procuradoria Geral da Republica (PGR), liderada pelo general João Maria de Sousa  notificou duas raparigas Laurinda Manuel Gouveia e Rosa Kusse Conde para responder, em torto do processo N718/015, que resultou na detenção de   15 jovens activistas acusados de planearem um “Golpe de Estado” para derrubar o Presidente José Eduardo dos Santos.

 Fonte: Club-k.net

O interrogatório esta marcado para esta segunda-feira (31), e   será conduzido pelo Sub-Procurador Geral da República, Luciano Cachaca Kumbua, na sede da PGR junto ao Serviço de Investigação Criminal, no Kinaxixi, em Luanda.

 

É de salientar que está é a segunda vez que as activistas Laurinda Manuel Gouveia e Rosa Conde são convocadas neste caso. A primeira aparição das duas aconteceu respectivamente nos dias 6 e 10 de Agosto, e teve lugar na 29 Esquadra da Polícia Nacional, onde foram interrogada por Pedro João e   Fernando Receado, do Serviços de Investigação Criminal (SIC).

 

Na mesma senda, o SIC também havia interrogado o economista e político, Francisco Lopes, no dia 6 de Agosto, para saber se ele tinha conhecimento de algum Governo de Salvação Nacional (GSN).

 

Diferente as outras, esta segunda notificação das activistas carrega um teor mais ameaçador, tendo a PGR advertido que: "A falta é punida nos termos da lei".

 

Laurinda Manuel Gouveia e Rosa Conde são activistas e amigas dos presos políticos e estiveram também a ler o livro “Da ditadura a democracia” na qual a PGR entende ser a prova de que planeavam derrubar o Chefe de Estado angolano.

 

Porém, os seus advogados tem lamentado que passado dois meses desde a sua detenção, o regime angolano não conseguiu apresentar as provas concretas de que os jovens planeavam realizar um “golpe de Estado”.

 

Há informações de que a historia do suposto “Golpe de Estado” terá sido criada por um certo general do regime, que ao tomar conhecimento que iria ser mandando para reforma neste mês de Agosto, antecipou-se nesta encenação. Passada algumas semanas, o mesmo general, escreveu ao líder dizendo que precisaria ficar mais alguns meses para a investigar o suposto golpe.