Lisboa - Um empresário angolano “Guito” foi encontrado sem vida por volta das 18h, de sexta-feira (4), em sua residência, no bairro Benfica, em Luanda, havendo indícios de que tenha se cometido  suicídio com recurso a uma arma AKM.

Fonte: Club-k.net

Severiano Lucas “Guito”, 40 anos de idade, e descrito como muito calmo, foi encontrado pela filha mais velha, Wilma Lucas que ao chegar a casa viu o carro do pai, na porta tendo entrado para falar com ele. Face ao silêncio  no seguimento de sessões de chamadas e batidas da porta da suíte principal de casa, um dos presentes pulou pela janela do quarto e encontrou o corpo do empresário já sem vida no toalhete e com uma arma ao lado. Terão encontrado também uma carta escrita pelo falecido.

 

Na sua carta deixada, o empresário pede ao deputado do MPLA, Elias Piedoso Chimuco e a um amigo identificado por “Toia”, para que cuidem dos seus 8 filhos, o que indicia premeditação do suicídio. A referida carta ficou em posse da polícia de investigação para as devidas analises.

 

Natural do Huambo, Severiano Lucas “Guito”, começou no mundo dos negócios ainda  ligado ao Grupo empresarial Valentim Amões, sendo próximo do seu malogrado patrono. Em finais de 1999, ele criou a “Wilma Comercial, Limitada”, com sede em Luanda. Expandiu-se para  o Huambo, e ultimamente estava a estabelecer contatos na província do Cunene, onde teria instalado uma empresa de limpeza. Um dos seus principais interlocutores na  província do Cunene é Jerónimo Didalewa “JD”, com quem contactou dois dias antes do seu falecimento.

 

O empresário dedicava-se também na comercialização de viaturas.

 

Para além dos seus oito filhos, o mesmo deixa uma viúva que a data do suicídio encontrava se de ferias nos Estados Unidos rumo a capital portuguesa.

 

Segundo suspeitas, há indícios de que o empresário terá posto fim na sua própria vida no seguimento de problemas financeiros com realce a umas dividas públicas que teriam sido canceladas pelo governo. É também dado como tendo estado a abrir negócios com uns sócios descritos como “estranhos", na qual teria partilhado dados com um sobrinho e braço direito identificado por “Jójó”.

 

Depois da crise financeira que assolou o país, este deverá ser o segundo caso em que um empresário suicida-se por alegadas situações de dividas. O primeiro foi o empresário português Jorge Goncalves, 80 anos, encontrado morto, a 11 de agosto passado, num quarto de um resort em Angola, situado a 115 quilómetros de Luanda.