Luanda - O Tribunal Provincial de Luanda notificou os envolvidos para participarem na primeira audiência do processo conhecido como “Caso Jindungo”.

Fonte: Tpa
Os advogados de defesa de Nikilauda Galiano (Neth), Miguel Catraio e pelo menos três jovens, além do representante do Ministério Público foram notificados pelo Tribunal Provincial de Luanda para comparecerem no próximo dia 21, na 14ª Secção de Crimes Comuns, em Cacuaco, para participarem na primeira audiência do processo conhecido como “Caso Jindungo”.

A informação avançada pelo O País, dá conta que nesta primeira sessão o Ministério Público irá proceder a apresentação do acto de pronúncia, no qual pretende-se detalhar a forma como ocorreram os factos, com base no relatório dos investigadores que conduziram o processo, bem como os crimes de que são acusados.

Há cerca de cinco meses, o caso de agressão envolvendo o então vice-governador de Luanda para o sector económico, Miguel Catraio, e cerca de quatro jovens, ganhou grande repercussão no país. Conhecido como “Caso Jindungo”, Nikilauda Vieira Galiano (Neth), a jovem agredida, teve que deixar o país, mas já está de volta. Desde então a família da vítima afirma estar a sofrer perseguição.

Num vídeo posto a circular nas redes sociais, no dia 13 de Abril, Neth, totalmente despida, é vista a ser agredida por duas outras mulheres e por uma terceira que filmava todo o acto. As agressoras chegaram, inclusive, a colocar jindungo nas partes íntimas de Nikilauda Vieira Galiano e a cortar-lhe os cabelos e as sobrancelhas.

O caso teve tanta repercussão, que levou à criação do grupo “Mulheres angolanas unidas pelo fim da violência contra a mulher” no Facebook, que enviou uma nota de repúdio à Procuradoria Geral da República, aos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos, da Família e Promoção da Mulher, à Provedoria de Justiça e a Ordem dos Advogados de Angola, a solicitar a detenção e punição das respectivas autoras materiais, bem como possíveis autores morais do crime, além da publicitação do caso, respeitando os direitos a imagem das agressoras e das agredidas, para servir de exemplo a todas as pessoas que tenham a intenção de realizar acções deste tipo.